Matéria publicada na edição 113 | Novembro 2015- ver na edição online
Por Rafael Pinheiro
O ambiente escolar é, sem dúvida alguma, o espaço onde as crianças passam o maior tempo durante o dia. Promover, então, uma escola livre de incidentes graves são preocupações que tangem a segurança de toda a comunidade escolar – alunos, professores e funcionários.
Adequar um ambiente para cada faixa etária é uma das medidas para manter uma escola segura. Calçadas, escadas, pátios, iluminação das salas, sinalizações de saída de emergência, além de verificar as traves de futebol; definir horários de intervalo das crianças e dos adolescentes; cercar piscinas e lagos; colocar portões nos acessos às cozinhas; implantar regras de circulação e adaptar os parquinhos de acordo com as normas de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas), são algumas dicas primorosas para o convívio diário.
O especialista em segurança e saúde, Eric Amorim, responsável por uma empresa dedicada em analisar o perfil da saúde escolar, implementar programas de acompanhamento saudável para os alunos, além de palestras e treinamentos, ressalta “a importância da qualificação profissional, do conteúdo do treinamento e a forma como é transmitida as situações emergenciais para crianças e adolescentes”.
Além da capacitação técnica, treinamentos ou simulações de riscos com os alunos, é necessário repensar e diagnosticar a gestão do cuidado (e da prevenção) em toda a comunidade escolar. A saúde na escola e a sua segurança, por exemplo, é um tema denso, que deve ser revisto e reforçado periodicamente, criando, assim, uma barreira saudável que contribua não só para os alunos, mas também para todos os funcionários que circulam diariamente no espaço físico.
De acordo com o especialista, “o conceito de saudável vai além da saúde como normalmente pensamos, diz respeito ao ambiente, relacionamento, estrutura, processos de melhora, enfim, é como uma manutenção de alguma norma de qualidade ISO 9001, 14001, etc.”, destaca.
Observar criteriosamente a higiene dos espaços, a forma como é produzido e manipulado o alimento para as crianças, as ações práticas de vistoria que são adotadas na adequação de pisos externos – para não ocorrer nenhum acidente, atentar-se em relação às pragas que podem proliferar nos ambientes, o cuidado com a jardinagem, a manutenção física e precisa das instalações internas.
A gestão percorre todos esses mecanismos, projetando, na escola, um programa diário e intenso pautado na saúde completa (física e social) de toda a instituição. Realizar manutenções preventivas, aprimoramento técnico e visitas especializadas durante as férias escolares para a checagem geral da estrutura, é de extrema relevância. “Uma escola saudável não diz que não ficará ‘doente’, mas que o risco e as consequências serão menores”, finaliza.