A formação educacional, que envolve diversas camadas e etapas de ensino, está presente na vida de todas e todos desde os primeiros anos de vida. Essas etapas – do ensino básico ao ensino superior – constituem tanto a formação pessoal de estudantes como ajudam a trilhar futuros profissionais. Se partirmos da ideia de que a educação é um movimento em constante transformação, a formação continuada de profissionais que atuam em diferentes áreas da escola, especialmente as gestoras e os gestores, deve ser estimulada como uma construção ininterrupta, a fim de acompanhar as mudanças que interferem diretamente no denso processo educacional.
A diretora de ensino Juliana Pereira de Albuquerque Storniolo destaca que, para gestoras e gestores escolares, a formação continuada é essencial e, mais do que atualizar conhecimentos, “ela nos convida a revisar crenças, expandir repertórios e fortalecer nossa intencionalidade como líderes”. Além disso, ela conta, “permite ampliar a rede de contatos e ter trocas de experiências com profissionais de diferentes contextos, o que enriquece o olhar sobre a gestão e nos ajuda a pensar em novas possibilidades para solucionar os desafios do dia a dia”. A busca contínua por conhecimento pode, inclusive, inspirar outras/os profissionais da instituição de ensino, fomentando, assim, uma cultura de inovação e aprendizagem contínua na escola.
As lacunas que devem ser aprimoradas na formação de gestoras/es, conta a diretora, aparecem quando nos deparamos com desafios recorrentes ou quando sentimos que nossos repertórios não são suficientes para sustentar boas decisões. “Avaliações institucionais, feedbacks da equipe e momentos de autoavaliação reflexiva são fundamentais para identificar esses pontos”, diz. A identificação dessas lacunas auxilia na busca de cursos temáticos e em seus formatos – graduação, especialização, curta duração, entre outros.
“Além das temáticas já consolidadas, como liderança humanizada, inovação em educação, cultura organizacional e análise de dados para tomada de decisão, é fundamental que gestores/as invistam também em formações que desenvolvam competências práticas do dia a dia da liderança”, indica Storniolo. “Cursos sobre autogestão, gerenciamento de tempo, gestão de pessoas, negociação, gestão de processos e resultados são cada vez mais necessários para quem ocupa cargos de liderança escolar”, complementa.
Para gestoras/es que pretendem buscar instituições de formação educacional, Storniolo lista algumas dicas: procure instituições com boa reputação e que ofereçam formações alinhadas às demandas contemporâneas da educação; dê preferência a cursos que tenham foco prático, com propostas aplicáveis ao dia a dia da escola e que tragam estudos de caso, desafios reais e ferramentas que possam ser imediatamente incorporadas à rotina de gestão.
“É importante também que valorizem a troca entre profissionais da área, promovendo momentos de escuta, reflexão e construção coletiva. Conversar com colegas da rede, ler avaliações de ex-alunos e analisar a proposta pedagógica são boas formas de garantir a escolha certa. Formações que tragam casos reais, mentorias e oportunidades de troca entre pares tornam esse aprendizado ainda mais potente”, finaliza. (RP)
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Juliana Pereira de Albuquerque Storniolo – juliana.storniolo@escolafourc.com.br