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Entre 2026 fazendo acontecer: o que a sua escola deve decidir já!

Vivemos em uma época de mudanças aceleradas, e para quem dirige ou coordena uma escola particular, esperar que “a política ou a economia resolvam” é uma opção arriscada. Em 2026 teremos uma combinação de fatores externos que afetam o setor: eleição presidencial e estadual, a Copa do Mundo 2026, e o cenário econômico ainda instável. Isso significa que o gestor escolar precisa também antecipar decisões – e não colocar o futuro da escola nas mãos só desses “macros fatores”.

Cenário econômico e político

A economia brasileira permanece vulnerável: o crescimento do PIB segue modesto, a inflação (e os reajustes de custo) pressionam, e a incerteza eleitoral amplia o risco de adiamentos de investimentos ou cortes de orçamento familiar. Para a escola particular, isso significa que as famílias podem se tornar mais seletivas – o que exige oferta clara de valor, boa comunicação e diferenciação.

Aliás, uma fonte aponta que as mensalidades escolares particulares no Brasil podem ter um reajuste médio de 9,8 % em 2026, muito acima dos índices oficiais de inflação. Isso exige que a gestão financeira da escola seja rigorosa, que a proposta de valor seja forte e que a causa-educação seja bem comunicada, para que as famílias possam entender – ou ao menos aceitem – o reajuste.

O contexto da educação infantil e anos iniciais

Outro pilar estratégico: a educação infantil (0-5 anos) volta ao radar como uma janela de oportunidade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a frequência escolar das crianças de 0 a 3 anos passou de 36,0 % para 38,7 % entre 2022 e 2023; e de 91,5 % para 92,9 % entre 4-5 anos no mesmo período.  Esses números indicam que, após o baque da pandemia, o segmento está em retomada – ainda que lento. Para escolas particulares, isso significa que se antecipar a essa demanda (oferecer qualidade, comunicar bem, integrar com trabalho das famílias etc.) pode gerar vantagem competitiva.

Um detalhe relevante: muitas famílias optaram por adiar matrícula ou manter filhos em casa ou em modelos híbridos durante o home office. Mas com o retorno progressivo ao presencial, à rotina de trabalho fora de casa ou à necessidade de suporte de cuidado para crianças pequenas, a procura por “espaços de educação infantil presencial” tende a voltar. Isso reforça que a escola não apenas siga o “modelo anterior”, mas proponha um diferencial: vínculo, acolhimento, desenvolvimento socioemocional, integração família-escola.

Tomada de decisões estratégicas – não esperar

Aqui está o ponto decisivo para gestores: não vale “esperar 2026 ver o que acontece”. Se você deixar para reagir depois, estará atrás. Em vez disso, tome decisões com base em cenários previstos, ajuste orçamentos, invista em comunicação, fortaleça o diferencial da escola, renegocie contratos, otimize espaço, avalie políticas de fidelização. Em outras palavras: seja proativo.

Por que? Porque se você depender só de “quando o mercado melhorar”, “quando o governo liberar”, “quando a eleição passar” – isso é apostar que as circunstâncias mudarão por si só. No Brasil, historicamente, o setor privado da educação precisa se estruturar para funcionar independentemente de ciclos políticos ou janelas externas. Ou, como dizem: o barco não vai esperar o vento ideal – o capitão ajusta as velas.

Outras ideias fortes para 2026

Em resumo: 2026 será sim um ano de virada – para quem se preparar, pode representar crescimento, para quem esperar vai significar risco. Se você como gestor acredita que “vou esperar o governo definir política, ou esperar a eleição passar, ou ver se a economia melhora” – corre o risco de ficar para trás. Mas se você assumir que sua escola faz por si mesma, que a filosofia, os valores, o cuidado com a infância, a inovação e a comunicação são seus pilares – então você estará pronto para qualquer tempestade.

Não esqueça: o futuro da escola está mais em suas decisões de hoje do que nas promessas de amanhã.

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