Logo após o descobrimento do Brasil, os jesuítas iniciaram o processo de colonização dos povos indígenas com o intuito de difundir os princípios católicos e os costumes europeus da época. Com o passar do tempo, imigrantes e indígenas estabeleceram pequenas comunidades que gravitavam em torno das igrejas e escolas.
Apesar da sobreposição dos papéis da igreja e da escola, durante o período colonial brasileiro, toda a educação, do ponto de vista dos colonizadores, emanava da instituição de ensino: crianças, imigrantes e indígenas aprendiam a ler, absorviam a cultura europeia, noções de higiene e alimentação, conforme os preceitos dos colonos, além de serem catequizados.
Como é típico de civilizações invasoras, a cultura dominante suplantou a local, quase a extinguindo. A Escola desempenhava um papel central e monopolizador na educação, além de ser responsável por difundir uma nova cultura e comportamento, originando o termo “Escolacentrismo”: a escola como o ponto de referência central em sua região.
Com a monarquia, a educação mudou de rumo valorizando a rede doméstica de ensino organizada a partir de casas grandes para filhos dos senhorios. Nascem as primeiras escolas particulares do país.
Depois de passar por um período elitista, com a entrada do regime republicano o ensino tornou-se laico e público. Nesta época a escola passou a se concentrar unicamente nos alunos. A aquisição de conhecimento era de responsabilidade da escola e a formação de valores ficava a cargo das famílias, principalmente das mães e avós.
Após a Segunda Guerra Mundial, com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, a crescente longevidade e produtividade dos avós, e a queda na qualidade do ensino público, as famílias se viram obrigadas a investir em uma educação de qualidade para seus filhos. Diante dessa necessidade e a demanda crescente, as escolas particulares passaram a ampliar suas atividades para atender de forma mais abrangente os alunos, oferecendo períodos integrais, serviços de alimentação, cursos extracurriculares e berçário.
Ao longo da história, as instituições de ensino têm se adaptado às questões políticas e mudanças sociais. Hoje, o mundo demanda que as escolas reassumam seu papel central na formação integral das pessoas, utilizando a educação como meio para instruir e influenciar indivíduos em relação à preservação do meio ambiente, à saúde física e mental, impactando não só as pessoas, mas também os ambientes que as cercam nas diversas camadas: alunos, colaboradores, ex-alunos, famílias, comunidade local, cidade, até envolver todo o mundo.
Marketing for a Better World
Para garantir que os conteúdos e ações alcancem todas as camadas da sociedade que orbitam a escola, torna-se essencial adotar o conceito de Marketing for a Better World (Marketing para um Mundo Melhor), uma abordagem de marketing de conteúdo que realiza dois feitos importantes.
O primeiro está ligado ao propósito do novo paradigma do “escolacentrismo”, que busca aprimorar a qualidade de vida das pessoas e o ambiente em que vivemos.
O segundo objetivo é aumentar o reconhecimento e a notoriedade da marca da escola. Essa abordagem é caracterizada por enfrentar menos barreiras do que as estratégias tradicionais de propaganda e marketing, pois a escola não está promovendo seus serviços com o objetivo direto de atrair alunos, como é comum em discursos sobre “matrículas abertas”.
Dessa forma, a escola passa a ser reconhecida por suas boas práticas em prol de um mundo melhor, resultando em um cenário em que todos saem ganhando. É o famoso jogo do ganha-ganha, em que todos levam vantagem: a escola, ao aumentar a relevância de sua marca, e as pessoas e o meio ambiente, que experimentam melhorias significativas.