Nesta época do ano, este assunto, apesar de recorrente, tem grande relevância. Afinal, não é fácil escolher a escola para um filho diante de tantas possibilidades. Além disso, não se seleciona a instituição apenas para um ano, mas sim, preferencialmente, para uma parceria que dure por muitos anos.
Frequentemente ouço comentários como: a escola trabalha conteúdo ou valores? Nesse nível de exigência acadêmica, será que meu filho vai aguentar?
Penso que trabalhar conteúdos e valores não sejam aspectos excludentes, mas complementares, que caminham juntos o tempo todo, pois educamos, sobretudo, de acordo com modelos predeterminados. As regras das instituições devem ser claras e as falas dos educadores devem ser condizentes com as ações, de forma a instruir os alunos a manterem o respeito entre eles e para com os professores, dando orientações bem pontuais e encaminhamentos éticos. Tudo isso pode ser trabalhado de forma concomitante com os conteúdos.
Desenvolver uma cultura de valorização do conhecimento não é uma tarefa simples. Demanda um ambiente de valorização acadêmica e isso pressupõe, dentre outros fatores, empenho nos estudos. É fundamental que os valores da família sejam os mesmos da escola. Não há um modelo perfeito. O importante ao escolher um modelo é avaliar sua qualidade nos mais diferentes aspectos, como estrutura física, projeto pedagógico e recursos humanos.
Penso que seja importante a família levar em consideração os aspectos que vão nortear as decisões da escola na condução dos projetos e formação da equipe. Nesse sentido, a família deve averiguar quem são os profissionais que “cuidarão” de seus filhos e qual sua formação acadêmica. Sabemos que um professor bem qualificado lança desafios intelectuais, ajuda o estudante a desenvolver o máximo de sua potencialidade, articulando diferentes conhecimentos. Um estudo desenvolvido pelo Instituto Ayrton Senna e Boston Consulting Grou sobre FormaçãoContinuada de Professores no Brasil aponta que estudantes expostos a bons professores aprendem de 47% a 70% a mais do que aprenderiam, em média, em um ano escolar.
Há que se avaliar tudo isso e estabelecer o que é prioridade para a família e, a partir daí, buscar de forma muito criteriosa o melhor modelo para seu filho.
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