Oficina aberta no ensino Fundamental II do colégio insere alunos na era da Economia Mobile ou Economia do Compartilhamento
Alunos avançam no desenvolvimento de aplicativos para saúde, empreendedorismo, mobilidade urbana e meio ambiente, e aprendem com o apoio de especialistas a tirar proveito das ferramentas digitais
Um projeto inovador do Colégio Oswald de Andrade estimula a inserção dos alunos do Fundamental II na era da Economia Mobile ou Economia do Compartilhamento. A ‘Fábrica de Aplicativos’, coordenada por dois orientadores com experiência no mercado de tecnologia da informação, reúne semanalmente 20 estudantes dedicados à criação de aplicativos para tablets e celulares.
Desde o início do ano, o grupo de estudantes, com a orientação dos especialistas Evandro Ariki e Lucas Rana, avança no desenvolvimento de aplicativos para uso nas áreas de saúde (localização da ambulância mais próxima), empreendedorismo (guia de eventos para empreendedores), mobilidade urbana (mapeamento de estacionamentos próximos) e meio ambiente (criação de mapa para coleta seletiva de lixo).
O método seguido por Ariki e Rana na Fábrica de Aplicativos não exige dos alunos conhecimento avançado de informática ou programação de computadores. Esse suporte é oferecido na sala de aula pelos próprios especialistas, que são profissionais do mercado de tecnologia recém-convertidos em educadores.
Ariki e Rana foram contratados em janeiro último pelo Oswald, para ministrar até o final do ano 34 aulas a 20 estudantes do 7º, 8º e 9º anos, que optaram por frequentar a Oficina de Aplicativos, parte do projeto denominado Oficinas, que a escola criou para provocar, instigar e desafiar o aluno a “colocar a mão na massa”, segundo explica o coordenador de comunicação do Oswald, André Meller.
Ariki e Rana são cofundadores do projeto Fábrica de Aplicativos (www.fabricadeaplicativos.com.br) e empreendedores sociais.
“Além do conhecimento sobre aplicativos, as aulas da Oficina reforçam a importância do empreendedorismo no mundo digital. Nós também incentivamos o aluno a levar para dentro de um aplicativo toda a sua vida escolar e outras coisas que ele entenda interessante ou necessário ter à mão”, salienta Ariki.
Segundo os orientadores, todo o trabalho em sala de aula é realizado em equipe. Ariki e Rana não interferiram na escolha dos tipos de aplicativos que os alunos estão desenvolvendo, apenas mediaram o processo de construção de ideias, ajudando a identificar os motivos que deram origem às ferramentas e a definir um modelo de negócio para cada um desses produtos.
“Daí para a frente começamos a produção, com a ‘prototipagem’ dos aplicativos. Esta etapa demanda muito estudo por parte dos alunos, para o desenvolvimento de habilidades em design, identidade visual e pesquisa, tendo em vista o conteúdo de cada ferramenta concebida”, exemplifica Rana. “Os alunos do Oswald aprenderam muito rápido”, complementa ele.
Para os coordenadores da Oficina, a Fábrica de Aplicativos do Oswald de Andrade também tem contribuído no sentido de ajudar a desmistificar a complexidade da tecnologia, estimulando os alunos a usá-la com destreza e eficácia para resolver problemas e trazer facilidades no dia a dia.
“É muito melhor aprender a usar a tecnologia para essas coisas do que ficar perdendo tempo no facebook”, avalia Ariki.
De mídias digitais a Luthieria
Realizado todas as sextas-feiras, o projeto Oficinas do Oswald de Andrade envolve grupos formados por entre 15 e 20 alunos. O curso contempla metodologias de laboratório nas áreas de cinema, engenharia, gastronomia, jornalismo, design, moda a outras. No início do ano, os alunos optaram por uma entre 12 oficinas: Agência de Notícias e Mídias Digitais, Improlínguas, Luthieria, Vamos Fazer um Documentário, Livro Ilustrado, Degustando Saberes e Sabores, Produção Audiovisual para Web, Oficina de Gambiarra, Identidade e Estilo e Descola, além da Oficina de Aplicativos.
Sobre o Colégio Oswald de Andrade
Fundado na segunda metade da década de 1970, o Colégio Oswald de Andrade está desde sua origem associado à inovação. Valorizamos o exercício da inovação especialmente na forma como entendemos e praticamos o ensino, desde a educação infantil até o ensino médio. Nos dedicamos todos os dias a formar alunos bem instrumentalizados, éticos e plenamente aptos a escolher diferentes caminhos na formação acadêmica e profissional.