Matéria publicada na edição 05 | junho 2005 – ver na edição online
Gravação de imagens, proteção perimetral e controle de acesso podem prevenir as escolas de invasões.
Os sistemas eletrônicos de segurança têm evoluído muitos nos últimos anos e se transformaram em equipamentos indispensáveis para a prevenção da violência urbana. Residências, condomínios, empresas e também escolas contam com câmeras, cercas elétricas e sistemas de controle de acesso para evitar invasões.
Para Frans Kemper, diretor de marketing e vendas para a América Latina da Bosch Sistemas de Segurança, toda escola precisa de um sistema de alarme contra intrusão e também de monitoramento através de Circuito Fechado de TV (CFTV). “Os sistemas previnem não só a intrusão, já que as escolas têm objetos de valor, como o monitoramento das imagens durante o dia, dentro e fora do prédio, quando a escola está em funcionamento”, avalia. A Bosch oferece um sistema de CFTV com gravação digital das imagens, para até oito câmeras, denominado EAZTO. “É um sistema de boa qualidade, para aplicações pequenas. É o único produto no mercado para oito canais, que grava também áudio. A instalação, no estilo plug and play, pode ser feita pelo próprio técnico de manutenção da escola”, esclarece Kemper. A empresa oferece ainda sistemas de controle de acesso com leitor magnético de crachá. A escola pode limitar o acesso de alunos ou visitantes por tempo, por dias da semana ou por ambientes. Kemper frisa que a Bosch conta com um departamento de engenharia que tem condições de fazer um projeto de segurança sob medida para as necessidades da escola. A Bosch atende todo o Brasil, através de uma rede de distribuidores treinados pelo fabricante.
Se a escola optar por investir em segurança, deve procurar equipamentos de qualidade comprovada. “Hoje, aconselhamos a instalação do sistema digital de CFTV, que oferece mais facilidade em visualizar as imagens gravadas, acessando-as por data e horário, ao invés do antigo sistema analógico, que grava em fitas de vídeo”, avalia Kátia Cotait, sócia da E-Network, que oferece sistemas de CFTV e de controle de acesso. No perímetro do prédio, a E-Network coloca cerca elétrica ou sensores de infravermelho.
Kátia recomenda a instalação de câmeras nas áreas de acesso da escola e também nas áreas comuns (pátios, corredores de acesso às salas de aula e até em ambientes como laboratórios, bibliotecas e salas de artes). “Onde não é possível monitorar com funcionários, as câmeras permitem que a diretoria da escola possa averiguar qualquer acontecimento”, acredita. Em escolas de porte médio, recomenda-se a instalação mínima de 16 câmeras. Os donos podem monitorar as câmeras. Kátia complementa, ainda, que as imagens de determinadas câmeras podem ser disponibilizadas para os pais, servindo inclusive como uma poderosa ferramenta de marketing.
A AMF Segurança Eletrônica, há 10 anos atuando no mercado, tem recomendado para escolas o sistema digital de CFTV com acesso remoto para os pais. O sistema não tem nenhum custo adicional para a escola, além da compra dos equipamentos e da disponibilidade de um provedor de acesso a Internet, e é especialmente indicado para berçários e escolas de educação infantil. “Cada servidor comporta 100 acessos simultâneos, mas se houver necessidade podemos instalar outro computador que repete o acesso remoto, expandindo a quantidade de usuários atingidos”, explica Albano Lopes, diretor da empresa. Ele recomenda que os computadores (“cérebros” do sistema de CFTV digital) fiquem num local reservado, normalmente a diretoria ou secretaria da escola, garantindo que a gravação fique preservada no caso do prédio sofrer uma invasão.
Mário Yukio Yoshimura, proprietário da Yayosh, que trabalha com centrais de alarmes monitorados, cercas elétricas e sistemas de gravação de imagens há 15 anos, completa que pode ser deixada na portaria da escola um monitor com a cópia das imagens. Para maior segurança, o computador permanece com acesso restrito aos diretores ou funcionários designados. A empresa tem instalado sistemas eletrônicos em escolas visando a segurança patrimonial, já que há um grande investimento em equipamentos, como projetores, sistemas de som e computadores. Um dos serviços oferecidos pela Yayosh é o monitoramento 24 horas das imagens: em caso de disparo do alarme, uma central de monitoramento é acionada, enviando uma viatura para o local (no caso da escola ter optado pelo apoio de viatura).
Márcio Missao Babazono, diretor da Flash Automação, lembra que o sistema de CFTV digital grava imagens continuamente ou apenas as que percebem movimento no local. O computador possui uma placa DVR de captura de imagens. “Salas com acesso mais restrito podem ser gravadas só quando o sistema detecta movimento. Já áreas comuns são gravadas sempre”, explica. Márcio orienta que a escola solicite que os cabos sejam instalados com eletrodutos. “Há empresa que colam ou amarram os cabos. Nós utilizamos eletrodutos de PVC anti-chamas, mas há também a opção, com custo mais alto, de tubos de aço galvanizado”, esclarece. A empresa trabalha com micro-câmeras coloridas. Em locais muito escuros, segundo Márcio são utilizados refletores com sensores de presença, para clarear o ambiente quando houver movimento e permitir uma melhor qualidade da gravação. “Depois de uma visita a escola, fazemos um projeto de acordo com os locais que a diretoria pretende visualizar”, conta.
BOX
Para monitorar o vigia
“Hoje, um dos principais aspectos observados pelos pais quando vão escolher uma escola é a segurança que oferece aos alunos.” A opinião é de André Santos, diretor comercial da Contronics Automação, fabricante do Guardus, um controle de rondas inteligente. O equipamento, uma espécie de bastão, permite que a escola avalie o serviço do vigilante. Com o bastão, o vigia lê buttons ou tags de radiofreqüência (duas tecnologias distintas compatíveis com o equipamento), instalados em diversos pontos da escola. O equipamento é inteligente: ele lê os chips presentes nesses pontos, armazena os dados no próprio coletor, que depois são descarregados num computador. A escola pode, então, emitir relatórios, que irão servir de base para avaliar o serviço de segurança efetuado pelo vigilante. “Em escolas que possuem um serviço de vigilância humana, o Guardus é um equipamento fundamental”, atesta.
SERVIÇO
AMF Segurança Eletrônica
(11)294-0400
www.amfseguranca.com.br
Bosch Sistemas de Segurança
www.boschsecurity.com.br
Contronics
(11)3868-2228 (São Paulo) e 0800-702-0080 (demais localidades)
www.contronics.com.br
E-Network
(11)3253-9303 e 3253-9719
info@e-network.com.br
Flash Automação
Yayosh
(11)6192-7311 e 6197-5213
www.yayoshalarmes.com.br