Os atuais desafios administrativos embarcam em novas estratégias, planejamentos e mudanças que afetam diretamente a gestão de uma escola. Em tempos econômicos desafiadores, é importante as escolas terem um planejamento financeiro eficiente para equilibrar diferenciais e custos, atrair e reter o máximo possível de alunos, e lidar com um dos maiores problemas do setor administrativo financeiro da rede privada: a inadimplência escolar.
Os reflexos da pandemia revelam uma urgência na reinvenção e na reorganização da gestão escolar como um todo. Na prática, é fundamental que o/a gestor/a escolar conheça o seu próprio negócio, reveja os seus planejamentos financeiros, estabeleça um controle estruturado de entradas e saídas, e um entendimento real do quanto a instituição “suporta” ter de inadimplência.
Para Solange Oliveira, especialista com mais de 12 anos de experiência no setor de dívidas e cobranças, uma das estratégias para minimizar o impacto da inadimplência, é a aproximação da administração escolar com as famílias dos estudantes. Mapear o histórico de pagamentos, além de conversar com as famílias, são elementos fundamentais para encarar o momento em que vivemos. Um ponto importante “é a escola ter um canal aberto com os seus clientes, e logo no começo da inadimplência já apresentar alternativas para que a família resolva essa questão de pagamento”.
“Para isso, é fundamental ter um controle financeiro bem afiado do negócio, pois é com ele que a escola vai poder ver quais são suas alternativas de negociação com descontos e até mesmo carências. Para dívidas longas, o recomendado é ter uma empresa especializada em cobrança para auxiliar essa escola em como agir com esses clientes buscando sempre a melhor solução para ambos”, complementa Solange.
COBRANÇAS
A advogada Mariana Lima Gonçalves argumenta que, na rotina escolar, deve existir um procedimento padrão para realizar as cobranças, inclusive com um sistema automatizado de gestão – para a geração de boletos, controle dos pagamentos, envio de lembretes, com o intuito de facilitar o processo de cobrança. “No entanto, para a implementação de tais processos, é necessário um contrato adequado à realidade da instituição, além da expertise de um profissional da área jurídica para analisar os mecanismos utilizados para cobrança, sempre dentro da legislação específica”.
“É imprescindível que as escolas tenham um departamento específico para as cobranças, com o intuito de construir uma cadeia estratégica adequada, acompanhando todo o processo, desde a criação de medidas preventivas, até a execução das ações legais cabíveis, caso se esgotem as alternativas. O departamento poderá ser tanto interno, quanto terceirizado, o importante é ter a competência necessária para regular o procedimento, com conhecimento e técnica adequada para receber o valor da inadimplência sem constranger os alunos ou recorrer a métodos questionáveis de negociação”, ressalta a advogada. (RP)
Saiba mais:
Mariana Lima Gonçalves – marianalima@vvbl.adv.br
Solange Oliveira – atendimento@direcionalescolas.com.br