A administração escolar enfrenta, cotidianamente, desafios que perpassam toda a sua gestão – desafios que incitam novas/outras estratégias, planejamentos, percursos possíveis e métodos que consigam alcançar a resolução das adversidades que surgem. Se mantivermos o olhar em nossa realidade, atravessamos tempos econômicos difíceis, que causaram ressonâncias negativas em todo o sistema econômico, sobretudo na administração financeira escolar.
Nesse sentido, é importante que as instituições de ensino tenham um planejamento financeiro eficiente para equilibrar diferenciais e custos, além de receber planilhas atualizadas (de sua contabilidade ou do departamento financeiro) que servirão como orientações para escolher os melhores caminhos para trilhar soluções ou ações de reforços em suas finanças. Os reflexos da pandemia revelam uma urgência na reorganização da gestão escolar como um todo, especialmente na gestão da inadimplência.
Na prática, para contornar essa problemática, cada vez mais constante nas escolas, Kelly de Oliveira, CEO de um grupo focado em contabilidade e negócios empresariais, listou algumas dicas para os/as gestores/as controlarem as inadimplências, principalmente nesse período de pandemia:
Após gerar o boleto, escolha a opção com ou sem protesto (sua escolha depende da relação que quer criar com as famílias e está relacionado com seus valores); envie o boleto ao pai e/ou responsável considerando opções de envio tanto por e-mail quanto pelo WhatsApp; um dia antes de vencer encaminhe um SMS lembrando o vencimento do boleto; se o boleto não for pago, realize uma cobrança perguntando sobre o pagamento, e se o pai e/ou responsável deseja uma nova data de pagamento.
Neste último ponto, Kelly é enfática: “Se ainda assim o boleto não for pago, cumpra o que estiver no contrato; se diz que perderia o desconto, não aceite pagamento com desconto; e se falou que mandaria para o escritório de cobrança, envie, porque assim eles vão ver sua organização e cumprimento do acordado entre vocês”.
A CEO destaca outras dicas: firme parcerias diversas (academia, escola de dança, até o supermercado local), e vincule um cartão de benefícios onde só quem estiver adimplente poderá fazer uso; não deixe passar um semestre para renegociar as dívidas e não esqueça do termo de confissão de dívida, para, assim, garantir uma cobrança mais rápida na ausência do pagamento.
Sobre o procedimento de cobrança, Kelly argumenta que, devido ao vínculo criado entre as famílias e as escolas, não é um processo fácil, para a escola, realizar a cobrança. Nesse caso, as empresas especializadas em cobranças fazem toda a diferença, auxiliando o departamento financeiro da instituição. Outra indicação é ter um departamento de cobrança nas escolas, “mas para isso é importante que o gestor tenha estratégias para o departamento, para orientar e, posteriormente, cobrar resultados. Lembrando que, para chegar a esta conclusão em manter um departamento de cobrança, é necessário calcular se a sua inadimplência justifica pagar um profissional somente para esta finalidade ou se optará por outra estratégia”, finaliza. (RP)
Saiba mais:
Kelly de Oliveira – atendimento@direcionalescolas.com.br