O ato de conhecer, enraizado em experiências peculiares e coletivas, destaca uma importância que transcende as salas e instaura-se no convívio coletivo, em aulas diversificadas e na oportunidade de expressar o aprendizado na prática. Em novas propostas de fomentar o ensino, a criação e o desenvolvimento de laboratórios nas instituições, a fim de experienciar na prática conceitos teóricos, estabelecem um aperfeiçoamento privilegiado na formação de cada aluno, além de potencializar um ambiente amistoso.
“No laboratório ocorre a ressignificação de conteúdos pelos estudantes, além de ajudar na interdisciplinaridade e na transdisciplinaridade, podendo testar e comprovar diversos conceitos, contribuir na resolução de situações-problema do cotidiano, levar à reflexão de diversos temas, proporcionando a construção da aprendizagem e o crescimento do trabalho individual e em equipe”, destaca Regina Sacramento, coordenadora pedagógica do 9º ano e do Ensino Médio do Colégio Notre Dame Rainha.
À luz da BNCC – que indica a necessidade de laboratórios de ensino para o desenvolvimento de atividades práticas que envolvam observação, experimentação e produção do conhecimento – as experiências no laboratório de Química, conta Sacramento, vão além da observação ou de uma mistura simples, “elas ocorrem como recurso didático relacionado à teoria levando o estudante à descoberta de maneira autônoma, progressiva, por métodos investigativos e diversificados”.
Complementando essa ideia, o Prof. Dr. Fábio Inácio Pereira, membro do Núcleo de Excelência Pedagógica da PUCPR Campus Maringá, acredita que o ensino por meio de atividades práticas “é estimulante e motivador, pois considera o que o estudante faz com os conhecimentos. Quando o seu planejamento considera a aplicação de conceitos, técnicas, teorias, procedimentos metodológicos, ferramentas tecnológicas, entre outros, e os conecta a contextos concretos e fictícios, então temos a fórmula ideal para termos estudantes motivados, engajados, comprometidos e corresponsáveis pelo processo de aprendizagem”.
Dessa forma, pautada pelo ensino experimental, há diversas atividades que podem ser desenvolvidas com os alunos, inclusive durante a pandemia por meio remoto. Na Sphere International School, unidade de São José dos Campos, por exemplo, os experimentos aconteceram de forma remota com materiais simples, como utensílios da cozinha e jardim da casa. “Este foi o caso de nossa Feira de Ciências Virtual, em que os alunos puderam construir seus experimentos e apresentar os resultados por meio de vídeos para os outros colegas do Fundamental 2”, explica Letícia Tenório Mourão, professora de ciências.
“O ensino experimental tem uma vantagem que é a de não precisar necessariamente ser feito dentro de laboratórios com muita tecnologia. Ele pode ser feito de forma simples e com objetos do nosso dia a dia”, completa Mourão. (RP)
Saiba mais:
Fábio Inácio Pereira – fabio.inacio@pucpr.br
Letícia Tenório Mourão – contato@sphereinternationalschool.com.br
Regina Sacramento – ndrainha@notredame.org.br