A infraestrutura escolar, contemplando uma listagem de exigências de segurança, conforto e bem-estar, é caracterizada como um dos pilares para uma boa relação entre ensino-aprendizagem. Dessa forma, os ambientes e as funcionalidades de diversos espaços de uma escola garantem conforto físico e psicológico, além de influenciar, de certa forma, no rendimento de cada estudante.
Observando a escola como um patrimônio, toda e qualquer intervenção deve ser feita através de uma programação específica e apreciação técnica. “As obras realizadas nas escolas devem estar voltadas para a qualificação do processo educacional e pela melhoria das estruturas de apoio ao ensino”, diz Elemar Menegati, diretor do Colégio Marista Paranaense (Curitiba/PR). “A dica é discutir com a equipe gestora a real importância destas obras e seu impacto no alcance dos objetivos da instituição”, completa.
De acordo com o diretor, o período mais adequado para realizar qualquer manutenção é a época de férias escolares. “Aproveita-se também os momentos de recesso ao longo do ano letivo. Em situações extraordinárias, procura-se realizar estas obras nos finais de semana ou em momentos que não comprometam o silêncio necessário para o estudo”.
Eduardo Jimenez, arquiteto e professor, ressalta algumas características que são primordiais para os(as) gestores(as) que pretendem realizar obras e manutenções prediais nas instituições, como: elaborar um planejamento por meio de um cronograma físico-financeiro; organizar a logística, separando um local com chave, para armazenar os materiais que serão utilizados, de preferência, próximo ao local que passará pela intervenção; ter um arquiteto e/ou engenheiro residente, para sanar as dúvidas e acompanhar a fidelidade do serviço com o projeto.
“O planejamento de obras é muito variável, ainda mais em setores educacionais”, diz o arquiteto. É preciso, primeiramente, “buscar empresas que tenham qualidade e trabalhem com prazo justo, pois o ideal para executar manutenções e/ou reformas, é no período não-letivo, assim facilita os trajetos, a execução da obra e consegue-se tirar mais proveito do expediente convencional”, completa.
Segundo Jimenez, existem diversas empresas no ramo da construção e reformas, “mas é importante analisar se o responsável pela empresa é um aventureiro ou realmente entende do assunto e cumpre com prazos e qualidade. Procure sobre seus serviços, boas referências, como por exemplo fotos de obras executadas e projetos realizados”.
Para garantir um convívio tranquilo e seguro, a visitação técnica periódica, bem como a observação de áreas ou instalações que merecem reparos e consertos, deve existir com frequência. “A falta de manutenção influencia e muito nos índices de aprendizagem dos alunos e professores. Uma escola bem cuidada garante segurança para os indivíduos e, acima de tudo, cria um sentimento de pertença e amor a instituição”, finaliza o diretor Elemar. (RP)
Saiba mais:
Eduardo Jimenez – arq.eduardoj@gmail.com
Elemar Menegati – emenegati@colegiosmaristas.com.br