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Marketing: Comunicação e marketing nas redes sociais

Uma das ferramentas primordiais para a satisfação plural – de quem administra uma instituição e de quem confia em suas metas pedagógica e administrativa – é a comunicação e a forma como ela é conduzida e explorada. Compreender, dentro da área comunicacional, o marketing educacional, por exemplo, é uma possibilidade de trabalhar peculiaridades que ultrapassam características internas e estabelece um canal com seu público-alvo, ou seja, os alunos e seus pais, mães e/ou responsáveis.

Na última década, em especial nos últimos anos, percebemos, com o aumento expressivo de ferramentas, aplicativos e serviços digitais, mudanças em todas as áreas sociais. A tecnologia alterou, com suas facilidades, rotinas e hábitos pessoais e profissionais – de forma geral, perfis em redes sociais, por exemplo, ganharam centralidade no cotidiano de todos e todas, alterando todo o panorama social, como comunicação, relacionamentos, busca por informação, marketing e vendas.

A popularidade das redes sociais no Brasil pode ser vista por meio da pesquisa divulgada no segundo semestre de 2019 pela plataforma Opinion Box. Com dados exclusivos, a pesquisa revelou que 70% dos entrevistados possui uma conta e acessa o Instagram. No ranking de preferências, 52% utiliza o Facebook e 1 em cada 4 usuários prefere a rede Instagram. No cenário dos negócios, os números são favoráveis no Instagram: 83% dos entrevistados segue alguma empresa/marca na rede; 47% compraram algo que foi indicado por alguém no Instagram; e 40% dos usuários se sentem influenciados.

No âmbito escolar, redes como Facebook e Instagram aproximam pais, mães e/ou responsáveis da rotina da instituição, além de esclarecer dúvidas, divulgar comunicados/eventos e reforçar o marketing e os valores da escola. E, de certo modo, a utilização das redes se intensificou ao longo da pandemia do novo coronavírus – tanto em perfis pessoais como de instituições de ensino. “A visibilidade nas redes sociais é incontestável e, em tempos de isolamento, esta relação entre instituição e aluno através do meio on-line nas redes sociais, se mostrou ainda mais necessária”, destaca Adeise Marcondes, CEO e Especialista em Estratégias de Marketing Digital de uma agência de marketing.

“Quando a instituição cria um relacionamento com os alunos usando as redes sociais, o nível de engajamento dos alunos com a instituição é muito maior, podendo, inclusive, fortalecer o vínculo da instituição com as famílias e, consequentemente, fortalecer a marca da instituição”, diz Marcondes. Para a especialista, o marketing nas redes sociais que gera maior visibilidade e engajamento é aquele pautado no relacionamento – ou seja, o objetivo das redes é promover o relacionamento entre marca e público, assim, a propaganda apenas institucional não gera grandes efeitos.

Dessa forma, conta Marcondes, as ações que geram o relacionamento devem estar atreladas a política, missão, valores e propósito da instituição que, automaticamente, é a produtora da ação e que recebe o reconhecimento. “Cada escola tem uma linha pedagógica, transformação ou história que a faz única. Explorar essas nuances nas redes e trazer humanização para os posts, costuma ser uma grande ferramenta de atração, uma vez que as pessoas estão nas redes para se relacionar. Trabalhar em ações que façam os alunos comentar e compartilhar, aumenta consideravelmente a visibilidade da instituição”, completa.

FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

Com unidades em algumas regiões do país, o Elite Rede de Ensino, com foco no desenvolvimento integral do aluno, atravessou algumas adaptações ao longo da pandemia, inclusive em sua área comunicacional. Presente nas redes sociais, como Facebook e Instagram, o Elite publica sua metodologia, seus valores (amor, garra, foco e mérito), compartilha atividades pedagógicas, resultados de vestibulares/concursos, além de depoimentos de experiências de alunos e responsáveis.

Durante a pandemia, diz Maria Clara Cabreira, Analista de Comunicação do Elite Rede de Ensino, a rede se preocupou em não divulgar imagens com tantas pessoas reunidas para não incentivar aglomerações. “Além disso, criamos a campanha #EuEstudoEmCasa com o lançamento de um vídeo-manifesto produzido pela produtora Uma Rosa Filmes sobre todo o momento vivido na pandemia e o movimento de estudo em casa. A partir da publicação do manifesto passamos a compartilhar nossas atividades do ensino on-line marcando a hashtag”.

De acordo com a analista, com o avanço tecnológico do século XXI, as redes sociais são ferramentas essenciais de comunicação e marketing para as instituições, inclusive para as escolas. “A partir das redes, mostramos o objetivo pedagógico da escola e os benefícios que o aluno desenvolverá ao estudar conosco. Uma dica valiosa: não adianta vender uma informação na rede social se na realidade ela é falsa. Os usuários sempre descobrem a verdade e isso pode ser pior para a imagem da sua instituição no futuro. Seja transparente”, alerta Cabreira.

CONTEÚDO E ENGAJAMENTO

Fernanda Delizete Madeira, Coordenadora de Marketing do Colégio Nossa Senhora das Dores de Belo Horizonte (MG), destaca que o conteúdo das postagens é essencial para dar mais visibilidade nos mecanismos de busca das redes e, assim, aumentar a exposição do perfil da escola na rotina do público que consome os mais diversos conteúdos do universo educacional.

“Para ser relevante, o conteúdo deve alcançar três principais objetivos: aliviar alguma ‘dor’ (despesa, perda, risco, dificuldade, status, etc.), gerar alguma percepção de ‘ganho’ (financeiro, tempo, qualidade, status, estética, etc.) ou entregar algum tipo de ‘conveniência’ (conforto, funcionalidade, facilidade, usabilidade, segurança, etc.).Com esse foco, quanto mais conhecimento do perfil, do arquétipo, das dores, expectativas, sonhos e necessidades do seu público, mais relevância terão os conteúdos, ações, temas e postagens da marca”, explica a coordenadora.

Além do conhecimento do público, é interessante estabelecer um planejamento das postagens nas redes, gerando engajamento e relacionamento. A sugestão de Fernanda Delizete Madeira é utilizar os eventos e as datas especiais ao longo do ano com postagens informativas e conteúdos que promovam alguma relação entre escola e público.

Na prática: no Dia dos Avós, por exemplo, ao invés de uma postagem com “parabéns às vovós”, criar um e-book de receitas das vovós para download. “E, caso a audiência também seja composta por potenciais leads, criar uma landing page de conversão. Conteúdos ricos são sempre os mais relevantes e os que geram maior engajamento e probabilidade de conversão da audiência em relacionamento”, ressalta. (RP)

Saiba mais:
Adeise Marcondes – adeisem@gmail.com
Fernanda Delizete Madeira – infoeducacional@cnsdbh.com.br
Maria Clara Cabreira – mariaclara.cabreira@elevaeducacao.com.br

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