As ferramentas tecnológicas permeiam todas as esferas sociais. Aplicativos e plataformas digitais adentraram em todas as áreas, inclusive no espaço educacional, que, cada vez mais, compreende a necessidade de incluir tecnologias facilitadoras no cotidiano escolar – desde os processos administrativos e de gestão escolar até inovações e novas dinâmicas pedagógicas. Nos dois últimos anos, em especial, nos deparamos com um ambiente virtual que vem ganhando espaço nas salas de aula: o metaverso.
O QUE É?
A palavra metaverso é a junção de “meta” e “universo”. “Meta” é um prefixo que se refere a algo que transcende. “Universo” é o conjunto de todas as coisas. “Metaverso é um ambiente virtual que vai além do mundo físico, um espaço onde as pessoas se conectam por meio de seus avatares. Um jeito simples de pensar em um metaverso é pensar em um jogo multiplayers onde nos conectamos com outros jogadores. Esses ambientes virtuais podem ser utilizados de diversas maneiras, para entretenimento, educação, eventos, jogos, reuniões, dentre outros”, explica João G. Brenê, CEO de uma empresa de edutainment.
O acesso a esse ambiente virtual pode ser via computador, celular e óculos de realidade virtual, possibilitando, assim, um campo diverso de infinitas aplicações, contemplando desde a educação infantil até o ensino superior. “Diferente do que muitas pessoas pensam, nem sempre precisamos de óculos de realidade virtual para usar um metaverso”, diz Brenê. “Em algumas das aplicações que já tive o prazer de desenvolver, criamos experiências imersivas como laboratórios virtuais, salas de aprendizagem, simulações virtuais, museus e salas de arte, e ambientes de treinamento de habilidades práticas”, complementa.
NA EDUCAÇÃO
O caráter adaptativo do metaverso possibilita criar contextos e outras interações no plano pedagógico a fim de estimular relações mais imersivas entre o estudante e o aprendizado. De acordo com o CEO, inserir tecnologias imersivas no processo educacional impacta diretamente no desenvolvimento cognitivo. “Principalmente porque nosso cérebro nem sempre consegue distinguir uma experiência virtual de uma real, ou seja, a consolidação sináptica neural pode acontecer da mesma maneira, em uma experiência no mundo real ou virtual”, afirma Brenê.
Se partirmos da ideia de que há um movimento crescente de escolas buscando por inovações, como inserir o metaverso no cotidiano pedagógico? Para Brenê, caberá a cada escola entender o seu nível de maturidade para essas inovações pedagógicas. “Caberá ao/à professor/a conduzir o contexto educacional à experiência. Cabe à instituição também prever um suporte ao/à professor/a e uma atualização recorrente do material com fornecedores desse tipo de experiência”, finaliza. (RP)
Saiba mais
João G. Brenê – atendimento@direcionalescolas.com.br