Aprendizagem colaborativa, participação ativa na construção do conhecimento, interações efetivas e engajamentos em sala de aula. Essas características, presentes cada vez mais em nossa realidade, apontam para uma reelaboração do extenso processo de ensino a fim de preparar os estudantes para as demandas atuais, bem como para as habilidades que serão necessárias no futuro. Nesse sentido, a utilização de um conjunto de metodologias ativas auxilia na readaptação do processo pedagógico diário, deslocando o saber de um padrão vertical para o estímulo de uma relação do próprio estudante com o aprendizado.
“As metodologias ativas são demandas necessárias, e até urgentes, na educação contemporânea”, enfatiza Cristine Soares, diretora geral do Colégio Guaiaúna e fundadora do primeiro sistema de aprendizagem focado em metodologias ativas. “No processo ativo, existe um amplo envolvimento do estudante com o objeto estudado, por meio de observação, investigação, comparação, colaboração e elaboração. Isso é a aprendizagem centrada no estudante, porque deve-se pensar em toda a jornada de conhecimentos que o aluno irá adquirir para chegar ao conceito”, afirma.
Trabalhar com as metodologias ativas, conta Cristine Soares, é um convite para repensar toda a estrutura educacional, e não apenas incorporar novas técnicas e/ou tecnologias em sala de aula. “É preciso reaprender a ser educador para esse novo educando. É preciso repensar posturas, paradigmas, condutas centralizadoras e ressignificar o seu impacto na vida dos estudantes”, diz.
A entrada de estudantes com novos/outros anseios no sistema educacional e as alterações sociais em constantes mudanças são fatores principais que evocam transformações necessárias para a atualidade – e que ecoarão no futuro. “O estudante não quer mais aprender por aprender. Se a escola não mobilizar situações de aprendizagem, cada vez mais perderá sua relevância. A escola precisa preparar os alunos para o futuro e não para o passado”, comenta Cristine Soares.
Na prática, a inserção de metodologias ativas deve ser um trabalho articulado entre o corpo docente e os pais e/ou responsáveis. A gestão escolar pode incentivar o corpo docente com estudos, formações, leituras, além de sensibilizar a docência a embarcarem nesse movimento transformador, buscando soluções e materiais que contribuam para a execução do trabalho pedagógico, indica a diretora. “O professor necessitará de recursos alinhados com as metodologias ativas, que permitam ao aluno pesquisar, criar e registrar de maneira condizente com o percurso de aprendizagem. É preciso apresentar as intenções às famílias, inserindo-os nesse processo de construção. Paciência e resiliência com os grupos resistentes, seja de pais ou professores. Apoiar o grupo nas suas tentativas e descobertas, entendendo que o erro fará parte do processo. Com tudo isso articulado, em pouco tempo a escola já notará inúmeras mudanças no ambiente escolar, especialmente no engajamento dos estudantes”, finaliza. (RP)
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Cristine Soares – cristine@guaiauna.com.br