A estrutura física escolar é um dos requisitos básicos para uma boa prática de ensino. Os espaços, as disposições dos móveis e as funcionalidades embutidas em diversas áreas de uma escola permitem facilidades, conforto físico e psicológico, influenciando diretamente no rendimento da aprendizagem do aluno.
“O layout dos ambientes, isso inclui muito o mobiliário, impacta diretamente nas pessoas. Esse ambiente, inclusive, pode incentivar comportamentos”, diz Priscilla Bencke, arquiteta especialista em neuroarquitetura. Assim, os diversos espaços que compõem e articulam o ambiente escolar devem, em seu caráter funcional e estratégico, acoplar à rotina dos alunos (e também dos professores e gestores) uma sensação de pertencimento, experiências positivas e conhecimentos que transcendam os territórios das salas de aula.
Priscilla ressalta que, na atualidade, algumas características podem ser observadas no que tange a adaptação do mobiliário a necessidade do aluno como, por exemplo, a inserção tecnológica na escola. “Antes, as mesas serviam para apoiar cadernos, lápis, pranchetas. Hoje eles precisam acomodar outros tipos de equipamentos necessários nos ambientes escolares. Por isso, considerar o uso de notebook nas salas de aula é uma questão. Será que aquela cadeira vai acomodar bem uma pessoa que usa um notebook? Será que há tomadas próximas? Essa inclusão da tecnologia também está refletindo no mobiliário para que as pessoas possam usar estes novos equipamentos dentro das salas de aula”.
Os móveis escolares, especificamente nas salas de aula, que acompanham crianças e adolescentes durante uma longa rotina diária, merecem atenção especial. Móveis bem projetados de acordo com as normas técnicas e praticidades para atender os perfis de cada faixa etária de estudantes são importantes elementos de apoio no processo de ensino.
“Primeiro passo para definir a escolha do mobiliário é saber qual o objetivo daquele espaço. É diferente pensar em uma mobília para a sala de aula, para a sala dos professores, para o refeitório, aula de música, etc. Segundo passo é entender o perfil de pessoas desse ambiente. Idade, cultura, perfis físicos, etc. E então observar quais mobiliários são indicados com base nessa análise, sem esquecer de pensar em espaços e mobílias flexíveis”, destaca Priscilla.
De acordo com a arquiteta, a flexibilidade é uma questão que pode – e deve – ser investida nos ambientes escolares. Se for possível, conta a arquiteta, pensar em mobílias que permitam, em 2 ou 3 anos, reconfigurar o layout de uma sala de aula, melhor será o espaço, já que “criar ambientes cada vez mais flexíveis, assim como está acontecendo também em escritórios e ambientes corporativos, é pensar de forma sustentável, para que isso não se torne uma nova obra e uma nova mobília daqui a algum tempo”. Dessa forma, “mobiliários flexíveis, cadeiras com rodízio, mesas retráteis, etc. são opções que já estão aparecendo no mercado. Quanto mais flexível for esse mobiliário, melhor”, finaliza. (RP)
Saiba mais:
Priscilla Bencke – contato@qualidadecorporativa.com.br