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Motivação

Um dos grandes desafios que gestores e líderes frequentemente costumam se deparar é com a motivação das pessoas e das equipes. Sabe-se que esta força para a ação não é incentivada por decreto ou por imposição. Muito pelo contrário, pode ser estimulada ou inibida essencialmente por meio das relações que se constroem no ambiente profissional. As conexões sociais têm uma relevância muitas vezes desprezada por quem lidera pessoas, o que pode desfavorecer o engajamento de uma equipe com seu trabalho e seus projetos.

Pesquisas têm demonstrado que a dor social é ativada no cérebro em regiões similares à dor física, o que significa dizer que somos afetados de forma parecida diante de uma ameaça física ou emocional. Nesse sentido, o pesquisador norteamericano David Rock chega a afirmar que “o cérebro humano é um órgão social” e vivemos as rejeições sociais, bem como o não reconhecimento ou a falta de pertencimento tão intensamente quanto uma agressão física. Fica fácil perceber como o contexto organizacional e o clima em que as pessoas convivem pode ser fonte de motivação ou desmotivação.

A neurociência trouxe contribuições para o entendimento do funcionamento cerebral e consequentemente sobre nossos comportamentos. Rock desenvolveu o que ficou conhecido como método scarf, composto por cinco elementos que podem evitar que o cérebro fique em estado de alerta ou ameaça, e assim, funcionar de maneira mais eficaz e motivada. São eles: status (status); certainty (segurança); autonomy (autonomia); relatedness (conexões) e fairness (justiça).

Nos próximos artigos iremos explorar cada um dos cinco fatores que favorecem um ambiente acolhedor e motivador para a convivência. De imediato, o que é importante ressaltar é que gestores interessados em promover um meio social de cooperação e engajamento não podem negligenciar a relevância e o impacto que as suas atitudes e comportamentos geram nas pessoas com quem convivem. Líderes podem inspirar ou pirar seus colaboradores, o que significa que podem formar bons vínculos e alianças ou afastar e repelir contribuições e boas conexões.

Podemos perceber que para guiar e orientar de maneira eficaz, as competências técnicas não são suficientes para inspirar e unir um grupo em torno de uma causa. A construção destes elos perpassa por outros aspectos que envolvem também a inteligência emocional, a maneira como o líder conduz os conflitos, dilemas, medos, angústias e dúvidas de seus colaboradores. A compreensão sobre a magnitude da qualidade das relações é a grande chave para a possibilidade de um ambiente agradável, feliz, e consequentemente, motivador.

E você, tem prestado atenção às suas atitudes e comportamentos como gestor(a)? Tem colocado em seu radar o aprimoramento da qualidade das relações de sua equipe como algo fundamental para resultados eficazes e, essencialmente, para um ambiente motivador?

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