É comum escutar das equipes de atendimento, que os pais não estão interessados na proposta pedagógica da escola, pois perguntam e se interessam apenas pelos valores, pela infraestrutura e, quando seus filhos são pequenos, focam as perguntas nos cuidados que receberão. Essa impressão ocorre devido ao fato das famílias realmente verbalizarem somente os interesses acima mencionados.
A mente do adulto tende, em um primeiro momento, a familiarizar-se com dados concretos, coloquiais e que compreenda integralmente, como o valor, a infraestrutura e o cuidado com filhos pequenos. Já conceitos subjetivos, não reconhecidos imediatamente, tendem a gerar a sensação subliminar de insegurança e serem colocados em uma segunda instância ou subtraídos.
Na verdade, os pais querem saber de aspectos mais relevantes: como a escola irá preparar o filho para a vida adulta, para que este saiba fazer escolhas, viver e conviver em sociedade e enfrentar os desafios que estarão por vir. O papel do atendimento é apenas lembrá-lo para que ele próprio retifique a ordem de prioridades.
Partindo deste princípio, as escolas conteudistas e as tradicionais levam vantagem na comunicação com os públicos-alvos externos, pois seus diferenciais são mais claros e concretos.
A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender. Assim, tenderá a compreender e se familiarizar mais facilmente com um discurso tradicional contendo informações que ele já tenha vivenciado em sua época de estudante, como disciplinas compartimentadas, lição de casa e ditado. Nesta mesma linha de pensamento, os rankings do ENEM e de vestibulares são dados concretos e simplistas, de fácil compreensão.
Por outro lado, as escolas mais modernistas ou com uma proposta mais ampla, como as que focam também na formação do indivíduo, necessitam de um atendimento mais didático.
Esta dificuldade em comunicar seus diferenciais e, por consequência, em manter ou captar novos alunos tem levado algumas escolas a acharem que o erro está na sua proposta pedagógica.
Com suas convicções abaladas, a insegurança tende a se alastrar para todos os públicos-alvos e piorar o problema. Mudanças repentinas e agressivas podem passar a sensação de falta de rumo, o que para uma instituição de ensino é muito perigoso. Os problemas das escolas não estão nas suas propostas pedagógicas, mas sim nas falhas que ocorrem no planejamento, na gestão e comunicação.
“Mudanças e inovações não significam perder a essência. Algumas escolas, com a desculpa de que precisam evoluir e acompanhar a concorrência, correm o risco de perderem sua essência e transformarem-se em Escolas Frankenstein.”.
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