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Os desafios da coordenação

Existem variações no papel da coordenação pedagógica de acordo com a estrutura, o tamanho e a filosofia da instituição de ensino. Em algumas escolas, o diretor exerce a função de coordenador e, em outras, o coordenador desempenha a função de orientador pedagógico concomitantemente. A rotina escolar é pautada por um ritmo intenso, com muitas “urgências” e ações simultâneas, por isso se não houver foco e priorização das atividades, podem ocorrer sérios problemas organizacionais.

Muitas dificuldades ocorrem pelo fato de o trabalho da coordenação ser variado, imprevisível e sujeito a mudanças e ajustes diários. O que ocorre na prática é uma centralização de tarefas, desvirtuando o papel do coordenador, que passa a maior parte do tempo “apagando incêndios”, resolvendo problemas fora de sua área e suprindo a necessidade de atenção e afeto dos alunos, professores e pais. Processos de melhorias organizacionais e de gestão podem amenizar essas características.

Segundo Rosabeth Moss Kanter, os coordenadores e gerentes precisam de organização, gestão, técnicas de liderança e intuição para conseguirem tomar decisões de forma rápida e assertiva. Outra característica imprescindível é a capacidade de se sentir confortável em meio a pressões bilaterais.

O papel da coordenação de uma instituição de ensino é prover direcionamento, facilitar o aperfeiçoamento da equipe e buscar resultados efetivos pelo uso eficiente dos recursos humanos, físicos e financeiros da instituição.

Perfil do coordenador

Gerente + Líder = Coordenador

O gerente se preocupa em atingir suas metas por meio da gestão, acompanhamento e análise de resultados. O líder focaliza o desenvolvimento, a inter-relação e a motivação das pessoas. Gestão está relacionada a sistematização de processos, documentação e gerenciamento de projetos, divisão e descrição de funções, reuniões periódicas (constância e periodicidade), análise de desempenho, gestão de tempo e planejamento estratégico com metas e objetivos concretos.

Liderança está ligada ao desenvolvimento de pessoas, promovendo uma política de monitoramento, isto é, um acompanhamento que gere um clima de confiança e segurança para que o colaborador possa evoluir sem estresse, por meio de uma comunicação eficaz, do uso de processos decisórios participativos, gerenciamento de conflitos, meritocracia extrínseca e intrínseca, negociação de acordos e apresentação de ideias.

Portanto, para ser um bom coordenador, é preciso ter inteligência emocional (inteligências intrapessoais e interpessoais) para liderar e uma boa capacidade gerencial para controlar e organizar os processos.

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