Um mundo novo começa a nascer, com mais preocupações sanitárias e sociais, valorização da liberdade e com a integração da tecnologia de forma mais incisiva em nosso cotidiano, propiciando ciclos evolutivos cada vez mais curtos.
No mercado educacional, os modelos tradicionais são colocados à prova com a entrada de investimentos monetários e tecnológicos advindos de grandes players e o lançamento de conglomerados e franquias que buscam a redução de custos e, consequentemente, a redução das mensalidades.
Para não ficarem atrás, as escolas precisam ser ágeis e acompanhar atentamente as evoluções. As edtechs, startups do ramo educacional, investem pesado em formas de gestão que se adequem aos seus jovens colaboradores.
Hoje, as pessoas têm muito mais acesso à informação e, por isso, são mais conscientes e consequentemente mais críticas, principalmente as novas gerações, nomeadas como millennials – pessoas com idade entre 18 e 34 anos que surfam nos meios tecnológicos.
Segundo um estudo do Google Brasil, este grupo de jovens tende a ser mais realista, questionador e financeiramente mais consciente. E não compactua com nada que ofenda seus direitos, escolhas, sonhos, ideais, valores e propósito de vida.
Mediante a tudo isso, não existe mais a possiblidade do líder ordenar e todos obedecerem. Não se encontra evolução sem a participação de todos nas tomadas de decisões para viabilizar e fortalecer as relações interpessoais e aumentar a credibilidade e confiança para com a empresa.
Porém, não há milagres e mudanças de uma hora para outra, tudo é um processo que precisa de reestruturação e adequação da gestão da instituição, apoiada nos pilares da participação coletiva e da autonomia dos indivíduos.
Para propiciar a autonomia dos colaboradores, se faz necessário criar um ambiente que cada um possa assumir suas responsabilidades.
A estrutura de uma gestão eficiente nos dias de hoje precisa incrementar os pilares clássicos, como a sistematização dos processos, o acompanhamento do desempenho e governança eficiente com estratégias que propiciem um olhar individualizado. Por isso, o grande desafio do líder atual é equacionar uma gestão organizacional focada na busca incessante dos objetivos da instituição e melhorar a performance do time com uma cultura empresarial que promova uma liderança participativa e a autonomia do grupo. O desequilíbrio entre os dois pilares propiciará a falta de engajamento e, consequentemente, o aumento da ineficácia.