A atualidade é atravessada, sobretudo por uma forte influência digital, por saberes multidisciplinares, práticas e diálogos que compõem novos horizontes, anseios diferenciados, experiências relevantes e inserções no currículo pedagógico – tanto para o ensino fundamental como para o ensino médio – que despontam e reverberam características educacionais para a contemporaneidade.
Nos desdobramentos que transitam nas salas de aula, observamos algumas alterações como, por exemplo, o crescimento da robótica no plano educacional que contempla alguns eixos: ferramenta multidisciplinar, desenvolvimento, tecnologia, integração e programação.
Aliando a teoria e a prática, a robótica é capaz de desenvolver nos alunos alguns conceitos, como autodesenvolvimento, capacidade de solucionar problemas, senso crítico, integração de disciplinas, exposição de pensamentos, criatividade, autonomia e responsabilidade. E, dessa forma, estabelece um contato direto com componentes eletrônicos, desafios lógicos e tecnológicos, permitindo criar novas fronteiras e pensamentos, produzindo soluções que resolvam problemas na fronteira do desenvolvimento tecnológico.
No Colégio Poliedro, localizado em São José dos Campos (SP), algumas matérias são disponibilizadas aos alunos e alunas no módulo extracurricular de robótica, tendo, como estímulo, autonomia e pensamento livre dos alunos. “Os alunos precisam testar, desta forma, hipóteses em um trabalho que envolve a questão de errar e ser tolerante ao erro, utilizando-o como ferramenta para melhorar e buscar novas alternativas”, afirma Massayuki Yamamoto, consultor de Tecnologia e Inovação do Colégio Poliedro.
Tendo matérias de mecânica, eletrônica, lógica e programação, os estudantes são expostos a uma reflexão sobre tudo que os cerca e o seu funcionamento. Com a prática da robótica, eles aprendem a lidar com limitação de tempo, de recursos, a criticar as próprias ideias, além de trabalhar em equipe. “O aluno precisa ser resiliente para conseguir encontrar respostas para os problemas, montar e remontar diversas vezes um projeto, até chegar ao resultado esperado”, descreve Yamamoto.
O módulo de robótica do Colégio Poliedro foi pensado de maneira crescente em grau de dificuldade. Segundo Yamamoto, os alunos iniciam a participação com projetos introdutórios e menor nível de exigência e, nos dois anos seguintes, a exigência e o grau de dificuldade aumentam, aprofundando diferentes temas.
Durante o desenvolvimento das atividades em sala de aula, segundo o especialista do colégio, os estudantes devem pensar em como podem contribuir com a sociedade. A tecnologia vira ferramenta para criar e encontrar soluções de maneira espontânea.
Assim, o aprendizado da robótica no campo educacional, propõe uma aula multidisciplinar, estimulando soluções que integram conceitos e aplicações de outras disciplinas envolvidas. Além, é claro, do conhecimento de forma total e intensa, a partir de situações reais, utilizando ferramentas tecnológicas, deixando o aprendizado mais atrativo. (RP)
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Massayuki Yamamoto – massayuki.yamamoto@sistemapoliedro.com.br