Os brasileiros que sonham em fazer a graduação nos Estados Unidos, onde estão universidades como Harvard, Stanford e MIT, precisam ficar atentos: o SAT, espécie de Enem americano, foi totalmente reformulado.
A nova versão da prova foi aplicada nos Estados Unidos em janeiro deste ano e em maio chega ao Brasil. Os estudantes não terão mais a opção de fazer a prova antiga: ou realizam o New SAT (como o exame está sendo chamado) ou o ACT, outra avaliação amplamente aceita no processo de candidatura das universidades.
Mas o que muda para quem deseja estudar nos EUA? Muita coisa, segundo Ana Virginia Kesselring, especialista na preparação de candidatos para cursos de graduação e pós no exterior. “A prova sofreu importantes alterações e a preparação dos alunos deverá ser diferente, começando já no 1º ano do ensino médio”, diz.
Entre as mudanças no exame, estão o fim da penalidade para erros e a troca de cinco para quatro opções nas questões de múltipla escolha. Na parte de conteúdo, sai o vocabulário rebuscado e sem conexão com os textos dados e entram palavras mais comuns, do dia a dia do estudante. Além disso, há a inclusão de novos temas de história e matemática. “Na seção de matemática, haverá problemas um pouco mais complexos, com trigonometria básica e álgebra. Isso deve ser bom para o estudante brasileiro, já que a carga horária de aulas de matemática no ensino médio daqui é maior do que a das escolas americanas”, explica Ana Virginia.
“Por outro lado, a parte de história pode causar um pouco de desconforto, já que podem aparecer textos ligados à história dos Estados Unidos, como a Declaração de Independência do país”, explica. Outro ponto de atenção é o inglês: quem quiser conquistar uma boa nota deverá investir desde cedo em ganhar na fluência no idioma. “Os enunciados devem ficar mais sofisticados, exigindo dos candidatos uma capacidade maior de interpretação de texto e também de análise e síntese de dados. Quem quiser estudar fora agora deverá se preparar ainda mais”, ressalta.
Sobre o New SAT: O SAT divide-se em três seções: leitura crítica, matemática e redação, sendo que esta, agora, é opcional. A pontuação máxima do teste é 1.600. Administrado pela organização College Board, é aplicado no Brasil diversas vezes ao ano e custa US$ 89,50.