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Segurança digital e as instituições de ensino

Se a sua instituição ainda não sofreu nenhuma fraude, prepare-se, pois mais cedo ou mais tarde você pode ser a próxima vítima!

A Sociedade Digital traduz a evolução do ser humano e de suas tecnologias, ficamos mais comunicativos e acessíveis, podemos fazer contato com pessoas em qualquer lugar do mundo em apenas alguns segundos, mas também podemos ser localizados e expostos com mais frequência e facilidade. O problema é que tal exposição nem sempre é positiva.

Um incidente ou um simples boato maldoso pode acabar com a reputação de uma escola ou qualquer outra empresa e a questão é se as instituições de Ensino estão preparadas para este novo cenário, ou seja, para esta realidade?

É fato, não há como escapar, quem não pensar em ações preventivas e também no “Plano B” em caso de incidentes pode ter que enfrentar perdas desastrosas.

Então quais seriam as situações de risco e como preveni-las?

A primeira dica é mapear os riscos existentes, sua possibilidade de materialização e possíveis consequências caso venham realmente a ocorrer. Na verdade estamos falando de Gestão de Riscos, neste caso, Risco Eletrônico.

No mundo educacional temos vários incidentes, que por sua vez e por motivos óbvios não são divulgados, nem mesmo para pesquisas de estatísticas, pelo menos nas instituições que conheço, entre eles:

– Aluno que invadiu sistema para alterar notas e ou status de matrículas;

– Invasão de banco de dados da instituição para obtenção de informações de clientes e ou funcionários;

– ex empregado que ao ser demitido apagou arquivos do servidor;

– Aluna menor de 18 anos que sofre aliciamento ( troca de mensagens com pedófilos) durante a aula através de seu tablete ou smartphone;

– Professor que se expões nas redes sociais de forma a trazer consequências em sala de aula;

– Vazamento de informações sigilosas como cobrança de pagamentos e/ou prontuário do ambulatório;

– outros…

Teríamos uma lista imensa se fossemos citar todas as possibilidades existentes,  mas o que faz parte do seu cenário e da sua história?

  1. A sua instituição já fez um levantamento do cenário atual sobre as ferramentas tecnológicas que utiliza e disponibiliza?
  2. Existem regras claras?
  3. Existe um projeto de Segurança da Informação ?
  4. Existe um projeto de Ética e Cidadania Digital para alunos e professores?
  5. Seus contratos estão atualizados com cláusulas de Direito Digital?

Pontos imprescindíveis a serem trabalhados: Tecnologia x pessoas, ou seja, recursos técnicos suficientes e conscientização de pessoas.

Portanto, gerir o risco eletrônico deve fazer parte do planejamento de todo gestor.

 

Cristina Moraes Sleiman – advogada e pedagoga, Mestre em Sistemas Eletrônicos pela Escola Politécnica da USP, professora de Pós Graduação. Responsável pela Coordenadoria de Prevenção de Risco Eletrônico no Ambiente Corporativo na Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Extensão em Direito da Tecnologia pela FGV RJ e extensão em Educador Virtual pelo SENAC SP em parceria com Simon Fraser University. Consultora do Colégio Bandeirantes e Visconde de Porto Seguro. Co-autora do audiolivro e livro de bolso Direito Digital no Dia a Dia. cristina@sleiman.com.br e da Cartilha Boas Praticas de Direito Digital Dentro e Fora da Sala de Aula e Guia de Direitos Autorais Para Instituições de ensino ( disponível em www.sleiman.com.br)

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