Matéria publicada na edição 87 | Abril 2013 – ver na edição online
A terceirização de serviços no controle de acesso tem se tornado cada vez mais comum nas instituições de ensino paulistas. A 6° Pesquisa Setorial promovida no ano passado pelo Sindicato das Empresas do segmento – Sindeprestem – indica a existência de 12 mil empresas especializadas no serviço no Estado de São Paulo. É uma área em ascensão, mas cabe às escolas analisar as vantagens de sua contratação ou não.
No Colégio Mary Ward, da zona Leste de São Paulo, optou-se, por exemplo, pela parceria com uma empresa externa para auxiliar no controle de acesso de 750 alunos, divididos entre os períodos da manhã e tarde. Segundo o coordenador da instituição, César Marconi, uma das grandes vantagens na contratação do serviço se deve à confiança que os pais depositam ao perceber que os funcionários foram treinados para atuar em escolas.
“Eles vestem uniformes e possuem uma abordagem especial para lidar com crianças, responsáveis e adolescentes. Isso cria um senso de segurança muito maior”, diz. “Além disso, há mais conforto quanto ao que ocorre dentro da escola, pois quando o controle funciona corretamente, evitamos muitas complicações.”
Para a diretora do Sindeprestem, Jismália Alves, ao se contratar uma prestadora de serviços sindicalizada, “há a certeza que existe um pessoal treinado para selecionar a pessoa certa para o lugar certo e, além disso, que conta com funcionários capacitados para suprir ausências ocasionadas por férias, licenças médicas ou faltas”. Já quando a escola investe em equipe própria, os gestores podem encontrar dificuldades no treinamento dos profissionais, pondera.
Mas o consultor de segurança Marcos Moreno alerta que o levantamento e acompanhamento dos serviços contratados deve ser minucioso e, segundo ele, o ideal é que todos os dias um funcionário da prestadora esteja na escola para averiguar a qualidade do trabalho. “As vistorias conseguem manter o padrão elevado nas responsabilidades trabalhistas”, diz. Na verdade, o consultor prefere funcionários diretos para cuidar desta área: “Muitas vezes, a rotatividade dos colaboradores [terceirizados] é maior, e isso não é bom. Quando as mesmas pessoas atuam nessa função por um longo período, a confiança pode ser maior.”
Para Jismália Alves, uma forma de as mantenedoras assegurarem um bom serviço terceirizado é cercar-se de cuidados antes de sua contratação e evitar “valores abaixo do mercado”.
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César Marconi
atendimento@colegiomaryward.com.brJismália Alves
diretoria.marketing@sindeprestem.com.brMarcos Moreno
moreno@consultoriadeseguranca.com