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Análise de desempenho do Professor

Matéria publicada na edição 113 | Novembro 2015- ver na edição online

Uma das maiores dificuldades que os coordenadores e diretores encontram é mapear de forma concreta como está o nível do seu corpo docente, o que precisa ser aprendido e mensurar os resultados advindos das ações de treinamento.

Vários indicadores, ao longo do ano, fornecem à coordenação subsídios para análise de seu corpo docente, como as avaliações, simulados, dificuldades dos alunos, conversas com as famílias etc. Dentre tantos, vale destacar os principais:

Autoavaliação de desempenho

Ninguém melhor que o próprio professor para saber quais são suas dificuldades, o que precisa melhorar e o que gostaria e tem interesse em aprender. Esta ferramenta deverá ser aplicada no início do ano, na semana de planejamento pedagógico e, se a escola achar necessário, na reunião de virada do semestre.

Assistir às aulas

Nenhuma atividade da coordenação é mais importante que o monitoramento em sala de aula, pois é nela que o ensino e a aprendizagem acontecem. A coordenação precisa assistir às aulas com constância e periodicidade para verificar se os professores ensinam corretamente e os alunos aprendem de verdade.

Na reunião de monitoramento é onde ocorre a construção social do conhecimento e representa o principal momento que a coordenação tem para desenvolver suas equipes de trabalho através do feedback semanal ou quinzenal.

Com o feedback diretivo, o professor sabe exatamente onde e o que está errado e recebe a orientação de como deve proceder. Desta forma, as chances de mudanças de atitudes dentro do processo comportamental são muito maiores. Isso somente acontecerá se a coordenação assistir às aulas e, de preferência, utilizar um modelo de análise de desempenho.

Esta estratégia funciona bem quando se trata de intervenções no que se refere à postura, relação interpessoal, disciplina, comunicabilidade e até certo ponto na didática, porém não supre a demanda de alguns professores que precisam de mais repertório (conjunto de conhecimentos).

Reuniões de autoaprendizagem

Reuniões com constância e periodicidade destinadas ao aumento de repertório, onde os conteúdos são aprofundados para que se forme uma base de conhecimento significativo e em constante evolução.

O ideal é definir o conteúdo programático a cada bimestre ou trimestre, porque as dificuldades mudam conforme os conteúdos curriculares apresentados durante o ano letivo.

Segundo os preceitos andragógicos*, os adultos aprendem com mais facilidade quando vivenciam os conceitos e quando têm autonomia e liberdade para aprender. Os professores promovem a autoaprendizagem com supervisão e orientação da coordenação através das sugestões:

-Apresentação de seminários – para os próprios professores e de outros segmentos 

-Apresentação de estudos de casos 

-Grupos de estudos

-Oficina e apresentação de resultados

-Fórum de debates

-Psicodramas e peças de teatro

Os principais preceitos facilitadores da educação de adultos são:

-Segurança – Quando monitorado, o adulto sente-se confiante em sua capacidade de experimentar ou adquirir um novo hábito, pois não está sozinho nesta empreitada. Ao seu lado existe uma pessoa com conhecimento e liderança para acompanhá-lo, ensiná-lo e apoiá-lo ao longo de uma nova experiência.

-Autonomia – O adulto motiva-se quando participa da tomada de decisão.

-Aprendizado experiencial – VIVENCIAR – Análise das experiências externas e do seu próprio cotidiano.

-Objetivos definidos – Saber aonde se quer chegar (objetivo), como conseguir (metas) e se o caminho está certo (análise de desempenho).

-Autoestima e satisfação – Reconhecimento formal (elogios), ganhos por méritos (premiações) e divulgação dos trabalhos realizados (endomarketing).

-Visão do todo – Visão holística do processo e ciência do planejamento estratégico.

-Valorização da empresa – Motiva-se quando faz parte de uma equipe de ponta, que alcança seus objetivos e é reconhecida.

 

A análise de desempenho do professor ocorre nas reuniões de autoaprendizagem, através da observação do coordenador, da avaliação da própria equipe e a da sua autoavaliação, tendo um caráter processual e inclusivo.

 Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership.
Mais informações: (11) 3862.2905 / www.rabbitmkt.com.br / rabbit@rabbitmkt.com.br

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