Por Rafael Pinheiro
Atravessamos um cenário educacional que começa a indagar e questionar problemáticas relacionadas a práticas diárias que envolvem todo o âmbito escolar. Antes, acreditávamos que os valores e sentidos de aprendizagem estavam embutidos no tradicionalismo e na intensa relação entre material pedagógico, escuta do professor e roteiro didático. Hoje, percebemos inovações que ultrapassam maneiras, práticas e metodologias. Em nossa sociedade contemporânea essa necessidade está aguçada – e mais forte do que nunca.
Durante a 23ª edição da Bett Brasil Educar, maior evento educacional da América Latina, que começou na última quarta-feira (18) e segue até sábado, 21, professores, gestores e congressistas se reúnem para acompanhar novidades, palestras, experiências, inovações e tendências que surgem para alavancar o crescimento educacional.
Dentre os estandes distribuídos no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, local onde ocorre o evento, um espaço exclusivo foi construído para as startups – com práticas desde a concepção, implementação e projetos e soluções interessantes. Nesse aspecto, a startup Little Maker, utiliza tecnologia e arte como forma de impulsionar o processo criativo.
“Oferecemos uma atividade complementar ao ensino, com objetivo de aguçar a curiosidade e gerar demanda por conhecimento”, afirma o engenheiro Diego Thuler, fundador da Little Maker. Ele explica que a metodologia não apresenta o conhecimento da forma tradicional, verticalmente do professor para o aluno. “Nossa proposta se baseia em um processo de descoberta, tendo o professor como um facilitador”, acrescenta.
O modelo de implantação de um laboratório usando robótica, tecnologia e arte é pautado no movimento maker, uma extensão mais tecnológica da cultura Faça-Você-Mesmo. Inicialmente uma “brincadeira de adulto”, tem sua base na ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos. Estima-se que 57% dos adultos americanos já sejam Makers. “Acreditamos nesse movimento para estimular uma relação ativa dos jovens com a tecnologia, gerando cidadãos mais conscientes”, diz Thuler.
A primeira unidade da escola foi aberta em 2015, na cidade de Americana, em São Paulo. Nos meses seguintes, mais duas filiais foram abertas, em Campinas e Indaiatuba, com o intuito de potencializar o desenvolvimento de jovens e crianças do Ensino Fundamental I e II. “Não se trata de um conhecimento técnico, mas sim uma ferramenta pedagógica ampla com o uso de atividades semanais regulares”, ressalta Diego Thuler.
A 23ª edição da Bett Brasil Educar 2016 ocorre até o próximo sábado, 21 de maio, das 9h às 19h, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo/SP.
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Fotos: Divulgação