A chamada cultura maker, acionada por meio de um movimento que promove uma experimentação prática em sala de aula, adentra cada vez mais no cotidiano das escolas como uma forma de propiciar relações outras entre ensino-aprendizado. Estimulando a criatividade, a colaboração e a interação, a cultura maker – ou o “ensino mão na massa”, como alguns dizem – reforça a importância em propiciar experiências significativas em sala de aula.
Rodrigo Rodrigues, coordenador de TEC do Colégio Pensi, afirma que a cultura maker tem impactos profundos e positivos nos processos de aprendizagem, principalmente ao permitir que os alunos e as alunas se vejam como protagonistas do próprio aprendizado. “Ao adotarmos metodologias inspiradas na cultura maker, promovemos o desenvolvimento da autonomia, permitindo que estudantes façam associações entre os conteúdos das diversas disciplinas e seus próprios projetos”, destaca.
Partindo de uma abordagem que integra as atividades maker ao currículo regular, conta Rodrigues, o Colégio Pensi, localizado no Rio de Janeiro, trabalha com projetos interdisciplinares, aplicando o conhecimento teórico de disciplinas como Matemática, Ciências e Língua Portuguesa em contextos práticos, como nos projetos de TEC – Tecnologias e Experiências Criativas, que incluem desde a construção de jogos interativos, eletrônica até soluções em cidadania digital.
“Essa abordagem favorece a transdisciplinaridade, de modo que os alunos não apenas aprendam os conceitos teóricos, mas também os coloquem em prática de maneira criativa e colaborativa, como acontece no Projeto Integrador”, diz o coordenador. “Por exemplo, ao trabalharem em projetos como o Mural Eletrônico ou o Jogo de Verificação de Fake News, os estudantes aplicam conhecimentos de tecnologia e ética digital ao mesmo tempo que desenvolvem habilidades de resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade, todas previstas na Base Nacional Comum Curricular”, completa.
Desse modo, o movimento de inserção da cultura maker na rotina pedagógica deve ser trilhado a partir de um planejamento sistêmico que contemple as competências gerais previstas na BNCC e o currículo da instituição, e não apareça apenas em projetos pontuais ou em atividades extracurriculares. Outro ponto a ser observado são as dinâmicas alteradas e as relações estabelecidas com o próprio processo de aprendizagem e as suas avaliações.
Segundo Rodrigues, o desenvolvimento da cultura maker na escola favorece a implantação de rotinas de avaliação diferenciada. “No Pensi, as avaliações projetuais não medem apenas o conhecimento teórico, mas também o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na BNCC, como colaboração, criatividade e resolução de problemas. Avaliamos não apenas os produtos finais, mas também o processo de aprendizado, garantindo que os alunos e as alunas tenham uma visão ampla de seu desenvolvimento e possam ajustar suas práticas ao longo do caminho”, finaliza. (RP)
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Rodrigo Rodrigues – faleconosco@pensi.com.br