Na atualidade, a tecnologia acompanha as pessoas em todos os seus passos, desde uma transação bancária a compra de um livro. Sendo assim, a maioria dos setores começou a se modernizar para acompanhar este novo comportamento digital e, também, para facilitar o dia a dia. E, assim como diversas outras áreas, a educação encontra os desafios do mundo dinâmico, integrando uma plataforma digital de informação em diversas instituições educacionais.
Uma nova geração de alunos, completamente conectados, com acesso a grandes volumes de informação, com arranjos e modos de produção de conhecimento distintos do passado (que tinha como base uma educação tradicional), está presente nas salas de aula. E, esses alunos, mostram um interesse maior por meios digitais, visando características que o material impresso já não consegue suprir.
O designer e acadêmico Claudio Gusmão, professor de algumas universidades em São Paulo, afirma que a interatividade é uma das principais características que os meios digitais agregam ao ensino atual. “Este aspecto é crucial, pois coloca o aluno em uma posição ativa dentro do aprendizado e potencializado por ela, aspectos como a não-linearidade, o jogo, a construção colaborativa do conhecimento e a inteligência coletiva são potências da interatividade digital”.
Dentro desse novo panorama educacional, pilhas de cadernos, livros, agendas e planilhas de papel foram substituídas por arquivos no computador, que facilitam o fechamento de notas, o controle de presenças, a emissão do histórico dos alunos, etc. Nesse momento, recursos tecnológicos são imprescindíveis, tanto no espaço administrativo de uma instituição, como no âmbito educacional, onde poderá ser explorado de forma total.
O eBook, que substitui, por exemplo, os livros convencionais, garantem esse novo ritmo de informação, aliado a praticidade e tecnologia, já que pode ser lido em tablets ou notebooks em qualquer lugar. Para o professor Claudio Gusmão, é necessário diferenciar o conteúdo interativo do digital: “Um eBook não é necessariamente interativo, pois ainda é consumido como livro. A conversão de livros impressos para formato digital e lidos em tablets não caracterizam uma efetiva mudança no aprendizado, mas apenas uma potência. Há de se fazer muito mais para que isto seja um ganho efetivo em aprendizagem”.
Com tantos recursos tecnológicos, sensíveis ao toque e repleto de apelo audiovisual, os meios digitais provam que a tecnologia entra em sala de aula com muita cautela. E com cada vez mais alunos conectados e fascinados com o mundo virtual, surge o questionamento se existe a possibilidade do livro impresso entrar em desuso total, por exemplo. Claudio Gusmão acredita que no ambiente acadêmico, o meio digital ganha força “inclusive por uma questão logística. Distribuir livros didáticos para o Brasil inteiro e renovar anualmente é bem mais complexo e caro do que o download para os tablets”. E em algumas instituições existem bibliotecas on-line de “conteúdos digitais dos mais variados, que podem ser disponibilizados para os alunos, mediante assinatura da instituição. Estes conteúdos podem ser acessados remotamente utilizando quaisquer dispositivos”, finaliza Claudio.
A cultura tecnológica que estamos vivenciando atualmente enchem os olhos com suas cores, formas, movimentos e velocidade. E na base de todo esse processo, está inserida a educação, que começa a viabilizar mecanismos tecnológicos e práticos, deixando o conteúdo dinâmico, instigante e repleto de inovação. Deixando claro que o ensino do futuro será pautado pelo meio utilitário e digital.