Matéria publicada na edição 110 | Agosto 2015- ver na edição online
Por Rafael Pinheiro
A globalização produz efeitos significativos em todas as esferas sociais: políticas, econômicas, sociais, culturais e, consequentemente, na base de todo o desenvolvimento – a educação. Os aspectos positivos de um panorama global compreendem uma imersão progressiva, gerando, assim, uma formação que ultrapassa as barreiras da sala de aula e instaura-se em experiências duradouras.
O aprendizado da língua estrangeira incluída nos planos pedagógicos durante todo o processo extenso da aprendizagem (desde a educação de base até o término do ensino médio), tanto nas escolas da rede pública, como no ensino particular, aparece em duas formas: como parte integrante do currículo pedagógico ou como atividade extra. Trabalhando com o conceito bilíngue (ou bilinguismo), a instituição de ensino prevê uma vivência no ensino diferenciada.
“Conceitualmente, a principal diferença de uma escola bilíngue para uma escola de línguas é que a primeira pretende transmitir diversos conhecimentos por meio do uso de um idioma estrangeiro com uma carga horária de escola regular. Enquanto a escola de línguas têm por objetivo ensinar o estudante a comunicar-se em um outro idioma e dominar as quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e escrever”, afirma Mirela Ramacciotti, professora e diretora pedagógica de uma instituição especializada no ensino de inglês para crianças e adolescentes.
De acordo com a professora, a inserção do segundo idioma deve ocorrer nos primeiros anos de vida, aproximando-se, assim, do novo código linguistico. E, posteriormente, compreendendo, lendo, ouvindo e falando o segundo idioma sem grandes dificuldades. Para garantir um desenvolvimento positivo, a metodologia apresentada é de suma importância e deve ser executada com cautela e acompanhamento.
Estudar em uma escola que promove e incentiva uma segunda língua diariamente é explorar novos caminhos, culturas, tradições e enriquecer seu conhecimento de forma sadia, prazerosa e com muita qualidade. “A criança que aprende mais de uma língua desde cedo dispõe de mais recursos linguísticos, de mais representações verbais e de maior conhecimento sobre o mundo em que vive. Além dessa expansão cognitiva, torna-se uma pessoa mais aberta ao diálogo e ao entendimento de diversas culturas, habilidades essenciais nesse século de grandes mudanças”, finaliza.