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Dica — Sistemas de Segurança

Matéria publicada na edição 45 | Fevereiro 2009 – ver na matéria online 

Uso integrado da tecnologia

As escolas procuram monitorar cada vez mais o que acontece no interior de suas instalações, no perímetro externo e no convívio da comunidade. Atualmente, buscam não apenas se proteger contra furtos e depredações, por exemplo. Elas querem conhecer os horários em que alunos, funcionários, professores, pais e visitantes circulam em seu ambiente e entorno para facilitar a administração dos recursos físicos e assegurar a qualidade de seu trabalho.

A segurança envolve dois aspectos principais, afirma Marcos Menezes, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) e responsável pela área de projetos de uma grande empresa. Segundo ele, os instrumentos desenvolvidos pelo mercado funcionam tanto de forma “proativa”, permitindo o acompanhamento em tempo real de tudo o que acontece, quanto “reativa”, em que se obtém um banco de dados ou de imagens que pode ser consultado a qualquer tempo pela administração escolar.

O diretor administrativo do Colégio São Luís, Jairo Cardoso, afirma que são muitas as demandas das instituições, levando-as a utilizar o CFTV (circuito fechado com câmeras), equipes próprias ou terceirizadas de seguranças, sistemas de alarmes e radiocomunicação e controle de acesso. O São Luís estuda a implantação deste sistema em 2009, que permitirá à escola um controle maior sobre todas as pessoas que circulam em seu interior. Atualmente, a escola, com cerca de 2.100 alunos e atividades nos períodos diurno e noturno, utiliza CFTV nas áreas comuns e controle de acesso para os visitantes. Para os alunos, criou um esquema em que os pais os deixam no interior da escola, diretamente nas mãos de um segurança ou auxiliar de coordenação. A equipe interna de seguranças é própria e treinada anualmente, mas, para o entorno, o São Luís utiliza uma empresa terceirizada e mantém parceria com a Associação Paulista Viva e a Polícia Militar.

Segundo o diretor da ABESE, hoje as escolas têm necessidade de administrar também questões disciplinares. Marcos Menezes sugere às instituições a adoção de um sistema integrado entre as diferentes ferramentas existentes, de forma a cobrir todas as suas demandas. “Elas podem fazer isso passo a passo, começando com o sistema de intrusão, que protege contra invasões e arrombamentos, por exemplo. Depois, podem optar pelo sistema de CFTV, monitorando as atividades desenvolvidas no seu interior. Um terceiro momento é a implantação do controle de acesso, por meio da utilização de catracas, o mais procurado atualmente. Na seqüência, elas podem adotar um sistema de sonorização e, finalmente, integrar o funcionamento de todos esses instrumentos”, sugere. Há ainda sistemas de detecção de incêndio, também importantes, pondera o diretor da ABESE.

O consultor em segurança Florival Ribeiro observa que os sistemas de acesso atendem melhor às necessidades das instituições. “O uso mais disseminado é o das câmeras, que permitem o monitoramento, mas é o controle de quem entra que permite uma segurança maior”, explica. Ribeiro sugere a adoção de sistemas por biometria,  método utilizado para identificar uma pessoa por meio de alguma característica física, como a impressão digital. O cartão magnético, ressalva, pode ser passado de uma pessoa a outra sem que as escolas tenham conhecimento disto.

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