O sociólogo suíço Philippe Perrenaud foi um dos destaques do 18º Educador (Congresso Internacional de Educação), realizado no âmbito da Educar 2011. Diante do questionamento se “A educação transforma ou reproduz a sociedade?”, Perrenaud apresentou condicionantes que interferem sobre o desenvolvimento dos estudantes. Considerado um dos principais pensadores da educação na contemporaneidade, o especialista lançou ainda durante o evento a obra “Aprender a negociar a mudança em educação” (Editora Melo, 2011).
De forma geral, segundo Perrenaud, “temos que parar de chorar o fracasso escolar”; garantir “uma cultura escolar de base”; trabalhar de maneira diferenciada públicos de classes sociais e experiências culturais também diferenciadas; além de oferecer o conhecimento e recursos que possibilitem o “desenvolvimento das competências”. Para tanto, as saídas estão na:
– Democratização do acesso de todos à cultura, por meio do combate à pobreza, à precariedade e à desigualdade;
– Reforma do currículo, deixando-o próximo da vida das pessoas;
– Desenvolvimento de uma Pedagogia diferenciada em larga escola;
– Criação de cultura escolar mais propícia à inovação, estimulando entre os estudantes a:
- :: Curiosidade
- :: Abertura para outras culturas
- :: Impaciência
- :: Gosto pela autonomia
- :: Perseverança
- :: Postura reflexiva
- :: Lucidez
- :: Espírito de iniciativa
- :: Gosto pelo risco
- :: Gosto pela eficácia
- :: Recusa de rotina
- :: Capacidade de indignação
- :: Empatia
- :: Gosto pela mobilidade
Diante de um auditório tomado por gestores, coordenadores, educadores e diretores, Perrenaud questionou “se as escolas estão fazendo isso pelos seus alunos” e arrematou: são esses estímulos “que desenvolvem uma postura pela mudança”.