“Apenas 25% do sucesso profissional de uma pessoa pode ser previsto pelo quociente de inteligência (QI). Os outros 75% são consequência de um nível bem desenvolvido de otimismo, bom suporte social e capacidade de ver o estresse como desafio, não como ameaça.” Essa frase foi retirada do livro O jeito Harvard de ser feliz, do aclamado autor Shawn Achor, em 2012.
Nos artigos assinados por mim e publicados aqui ao longo do segundo semestre de 2023, tratamos do conceito de alto desempenho, de time, de processos e indicadores para o âmbito escolar, e no último artigo abordamos a cultura organizacional.
Agora, vamos refletir sobre o papel da liderança em nossas escolas: lideranças pedagógicas e administrativas, operacionais e estratégicas.
Para iniciarmos nossa reflexão é importante salientarmos que a liderança educacional se destaca pelo equilíbrio entre o propósito e a excelência operacional:
- Propósito: Nasce na alma da organização, realiza-se nos ideais dos fundadores e promove a cultura organizacional.
- Excelência Operacional: Nasce de uma clara visão estratégica, realiza-se em uma apurada execução e envolve importantes conceitos, como: Diferenciais Competitivos; Qualidade; Eficiência e Produtividade.
Empresas com propósito claro e compartilhado entregam valor para seus clientes, pagam bem seus funcionários, fomentam a prosperidade de seus parceiros, tornam melhor a sociedade onde atuam e trazem grandes retornos para seus sócios. Enfim, essas empresas agem de maneira tão positiva que tornam o mundo melhor pela maneira como operam. E o mundo responde!
Um autor que gosto bastante e recomendo a leitura de suas obras é o Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano, que diz: “Os profissionais não devem mais ser treinados para decorar o caminho. Devem ser ensinados a ler o GPS.” E “os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender.”
Esses conceitos são muitas vezes utilizados para nortear o ensino em nossas escolas para as atuais gerações de estudantes e futuros profissionais, mas também devem ser aplicados pelas lideranças em seus liderados.
Outro aspecto que é abordado em nossas instituições como se tratasse apenas de competências e habilidades de nossos estudantes são as apresentadas pelo Fórum Econômico Mundial, das quais destaco as quatro primeiras: Criatividade, Capacidade de Solução de Problemas Complexos, Trabalho em equipe e Pensamento Crítico.
O quanto estamos desenvolvendo isso em nossos times? E o quanto buscamos isso em nossas contratações pedagógicas e administrativas?
Um grande desafio com um time de alto desempenho é contratar, treinar e manter os melhores colaboradores. Daniel Pink, em seu livro Motivação 3.0, trata de três aspectos fundamentais para a liderança de um time de alto desempenho:
- Autonomia: O desejo humano de dirigir a própria vida, de ter autonomia sobre o tempo, a forma, a equipe, a técnica e sobre como fazer.
- Excelência: Uma pressão sobre si mesmo para se tornar cada vez melhor em algo relevante e com um impulso para uma busca constante, desafiadora e sedutora para fazer mais e melhor.
- Propósito: A vontade de fazer o que fazemos em nome de algo superior a nós, algo que dure mais que nossa própria existência. A razão de ser!
Para encerrar este breve artigo trago aqui alguns papeis que considero fundamentais para um líder:
- Dar a direção que garanta a orientação individual e coletiva no sentido dos resultados desejados e a devida concentração no que importa e faz diferença;
- Ser exemplo e inspirar;
- Nunca parar de aprender;
- Eliminar os “ladrões de tempo e produtividade”;
- Inovar constantemente;
- Estudar e entender o Comportamento da Sociedade;
- Acompanhar as Tendências Tecnológicas; e
- Foco na Execução.
No Colégio Planck desenvolvemos um Modelo de Gestão, que é fundamentado em 4 pilares: Conhecimento, Inovação, Planejamento e Atitude