Chegou o final de mais um ano letivo, hora de os gestores refletirem as ações através de um Raio-X da escola, como se fossem realizar uma intervenção cirúrgica. As etapas devem acontecer de forma sequencial: diagnóstico, exames pré-operatórios, a cirurgia, pós-operatório e recuperação. O gestor deve acompanhar cada etapa passo a passo, reavaliando a cada ação para que o ocorra o fortalecimento da estrutura escolar.
Do Diagnóstico Estratégico
Os estudos apontam que a cultura organizacional integra elementos importantes para o processo estratégico. A necessidade de mudar as ações dentro de um plano existente submete o gestor a realizar as etapas com muita precisão e criatividade para eliminar a crise, sem que a escola atue de forma repetitiva. Permite-o ainda a se debruçar em cima das ameaças e oportunidades, unindo os princípios fundamentais para um replanejamento.
Até pouco tempo atrás, a escola se limitava a dois tipos: a tradicional e a moderna. Esses formatos não desapareceram, mas não atendem a todas as questões atuais e muito menos aos novos projetos. Numa sociedade pós-moderna e pós-industrial, caracterizada pela globalização, a comunicação instantânea, o avanço tecnológico e o pluralismo cultural, não é concebível a uniformização. A marca atual é a autonomia para o desenvolvimento de cada escola, respeitando as diferenças da comunidade interna e externa.
O olhar do gestor sobre os aspectos positivos e negativos devem ser colocados em uma planilha visível a todos os integrantes do processo de desenvolvimento. O raio –X necessita ser amplo, desde a estrutura física até os serviços oferecidos, principalmente o atendimento aos pais e alunos. Todos os pontos devem ser analisados pela equipe, isto é o que chamamos de gestão participativa. Cada membro poderá refletir sobre a sua atuação e seu crescimento profissional, porque a escola deve atualizar o currículo dos seus profissionais, com entrevistas e questionamentos, pois hoje todos os profissionais buscam renovação e aprimoramento. Desta forma, o gestor necessita acompanhar a evolução da sua equipe e reestruturar o quadro com os seus próprios funcionários. O aperfeiçoamento do profissional precisa ser reconhecido pelo gestor.
Neste primeiro passo, o gestor deve ouvir mais, conhecer a satisfação dos pais e funcionários com a instituição, o diálogo com os alunos, a fotografia dos ambientes como laboratórios, cantina, playgrounds, recepção, todas essas ações fazem parte do processo de investigação. É hora de consultar alunos e funcionários sobre, por exemplo, o uso do uniforme diário. O que eles gostam e o que é representativo da marca da escola, podendo permanecer ou introduzir um novo acessório ou modelo que demonstre a mudança do ano letivo ou cargo assumido? A finalização desse processo deve acontecer até o final de setembro, para que as providências a serem tomadas ocorram em tempo hábil.
Aquele passeio do gestor pela escola deve ser obrigatório nesta etapa, crie um planejamento semanal especial para este período. Não se esqueça dos registros, conhecidos como o antes e o depois, porque o mais importante não é somente identificar as falhas, mas realizar as etapas seguintes que serão essenciais para o crescimento da escola. Pensando na música de Roberto Carlos: “É preciso saber viver … “ Nas escolas, ela precisa ser cantada : “É preciso saber mudar …”
Por Márcia Regina do Carmo Claro Oliveira*
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