Diariamente, como em um fluxo contínuo, estudantes de todas as etapas de ensino adentram as instituições para cumprirem uma extensa agenda de compromissos. Para os anos iniciais, especialmente, o aspecto lúdico ganha forma na transmissão do conhecimento e, assim, por meio da brincadeira, as crianças aprendem sobre seus corpos, suas possibilidades, sobre si e sua interação com o outro.
Dessa forma, observamos alguns equipamentos que permitem e instigam a relação da criança com a brincadeira: os playgrounds (internos ou externos), por exemplo. Além do bem-estar e de todo aspecto positivo e gratificante que os brinquedos instalados nas escolas podem proporcionar, é preciso ressaltar a importância de alguns requisitos para os momentos de lazer.
Os modelos variam de acordo com faixa etária, tamanho e cores. Os modelos encontrados no mercado podem variar em modulados, escorregadores, casinhas, gangorras, balanço, trapézios e uma lista gigantesca de brinquedos projetados para playground com o intuito de promover o entretenimento saudável e descomplicado. Os playgrounds podem ser confeccionados em ferro, madeira ou plástico.
“Um bom projeto, com uma boa execução, bem como a escolha certa de equipamentos e brinquedos, e com uma manutenção preventiva, garante o sucesso do seu playground”, afirma a arquiteta Maria Cláudia Puga. De acordo com a arquiteta, que considera o playground uma das áreas mais importantes das instituições de ensino – principalmente por serem considerados cartões de visita de uma boa escola – alguns itens devem ser observados antes de implementar os brinquedos nas escolas.
Para a arquiteta, um bom projeto arquitetônico compreende: a setorização correta e dimensionamento das áreas e equipamentos adequados, aproveitando a melhor posição solar para usufruto das crianças e/ou adolescentes, com espaços criativos e pedagógicos, iluminação correta, pontos de hidráulica, e especificação de cada brinquedo. “Na execução, priorize profissionais especializados em cada área, tanto nas instalações dos brinquedos, como nos pisos, drenagem, iluminação, etc.”, ressalta Puga.
Outras recomendações também merecem atenção para os/as gestores/as que desejam incluir playgrounds nas instituições de ensino, como se atentar às normas técnicas da ABNT dos brinquedos, adquirir equipamentos com materiais atóxicos, separar os playgrounds por faixa etária, utilizar pisos corretos para cada área, observar o posicionamento do sol para um bom desempenho das atividades dos alunos, e se atentar para a acessibilidade.
Sobre a manutenção e o cuidado, a arquiteta ressalta: “O playground deve ter inspeção diária, semanal e mensal, com livro de inspeção, segundo as normas da ABNT 16071. Verificar se há parafusos soltos, ferrugem, tinta solta e farpas. Tudo isso produz mais segurança e ajuda na durabilidade dos brinquedos. A falta de manutenção pode causar graves acidentes – podendo ser até fatais”. (RP)
Saiba mais:
Maria Cláudia Puga – escolaseconceitos@gmail.com