Por Ricardo Althoff
O ensino no Brasil tem recebido diversas tentativas de mudança nos últimos tempos. De reformas legais até mudanças de infraestrutura, o cenário educacional vem buscando se adequar ao tempo presente, em tecnologia, demanda mercadológica e, acima de tudo, à capacidade atualizada do aprendizado.
Há alguns anos, a Sistema Firjan, órgão que engloba as cinco organizações SESI, SENAI, IEL, FIRJAN e CIRJ, todas focadas no desenvolvimento da indústria, organizou um estudo em todo o país cujo objetivo era prever as perspectivas do uso da tecnologia nas salas de aula nos próximos cinco anos.
O trabalho intitulado “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report” foi realizado em 2012, com previsão até 2017, reuniu 30 especialistas em educação. Ele elencou de que formas a tecnologia estaria cada vez mais presente na sala de aula e com maior papel educacional, mesmo fora dela.
Os resultados não podiam ser mais “conectados”. Os próprios alunos já mostram uma forma de aprender que está ligada ao digital, à interdisciplinaridade, à interação. Essa é a característica da geração no que tange ao aprendizado. É preciso abandonar moldes do século XIX, e se atualizar.
A prova disso é que muitos cursos já ao menos mesclam práticas EAD – isso quando não são completamente realizados de forma digital. Isso coloca no quadro reflexivo outra questão, a de como os educadores e demais profissionais ligados à educação, estão se utilizando dessa tendência do aprendizado para alavancar suas carreiras, inclusive começando o ano de 2017 com alternativas profissionais que lhes permitam crescimento.
Como o empreendedorismo é o zeitgeist de nossa geração, termo alemão que significa o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo numa certa época, não seria de se espantar que empreender na educação, nos dias atuais, esteja tão ligado à tecnologia.
Usar a familiaridade do nativo digital com os dispositivos móveis, computadores e a própria internet é um importante guia para entender qual a plataforma ideal de atuação empreendedora que vai dialogar com o principal público alvo do setor: o próprio aluno.
As plataformas de ensino e reforço online são, sem dúvida, uma alternativa empreendedora para educadores que queiram ampliar sua renda, iniciando sua própria escola na web. A ideia é trocar o ensino puro, pela administração de plataformas que já contam com apoio educacional competente e que possam ser garantidas pelo administrador, dado seu know how. Isso permite o educador lucrar em uma área que lhe é familiar, sem precisar atuar como professor, tendo uma forma paralela de renda, totalmente desvinculada de uma marca ou instituição. Uma marca própria.
Além disso, montar a própria empresa em cima de uma plataforma sólida permitiria a esse empreendedor ampliar seu renome como educador. Outra vantagem é a do uso de uma estratégia particular, independente dos modelos de ensino privado existentes, onde ele seria apenas mais um funcionário.
Os alunos ganham sempre, principalmente pelo diálogo em seu universo. Mas, muito além, pela primeira vez o educador também ganha de verdade, já que não está subordinado à verbas governamentais ou a uma parcela salarial de uma escola particular que lucra muito mais do que ganha um professor.
O ano de 2017 começa com tendências que representam adaptação real ao século XXI. O jeito de educar mudou e é possível que os educadores não fiquem para trás dessa vez. Através de uma resposta ativa à sua área e aos alunos dessa geração digital, o espírito empreendedor pode, enfim, tomar a área da educação e mudar o jogo para educadores de todo o país.
Ricardo Althoff é CEO da Seu Professor Empreendedor & Negócios.
Sobre a Seu Professor Empreendedor & Negócios: www.seuprofessor.com.br