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Guia para Gestores de Escolas

Dicas — Toldos e Coberturas

Matéria publicada na edição 59 | Junho/Julho 2010- ver na edição online

Conforto térmico e proteção patrimonial.

Os objetivos são praticamente os mesmos: garantir sombreamento às portas ou janelas, proteger contra chuva, sol e vento, embelezar. Mas os materiais mudam bastante – lona, acrílico, policarbonato e vidro – e devem ser escolhidos conforme o projeto arquitetônico da construção, a finalidade do uso e o desempenho desejado pelo mantenedor, afirma a arquiteta e designer Simone Santos, que já atuou em muitas escolas, trabalhando com toldos e coberturas nos mais diferentes formatos, cores e matérias-primas. O objetivo básico é proporcionar conforto térmico às pessoas, mas a proteção ao patrimônio também deve ser considerada, afirma Simone. No caso dos automóveis, a cobertura é importante especialmente contra chuvas de granizo e também sombreamento.

“A escolha do material precisa se adequar à arquitetura da edificação”, diz Simone, exemplificando com a solução dada pela Igreja Nossa Senhora do Brasil, uma construção barroca dos anos 40 localizada no Jardim América, em São Paulo, que montou uma cobertura de policarbonato no trajeto que as noivas costumam fazer dos automóveis à porta principal da edificação. “Quando, por praticidade, há necessidade de inserir um produto que em princípio não combina com o projeto, optamos por materiais mais leves e transparentes, que não interfiram sobre o layout da construção nem cause desconforto ou confusão visual”, observa a arquiteta. O policarbonato transparente funcionou bem neste caso, ficou discreto, sem comprometer a beleza da igreja. O produto funciona bem ainda na implantação de domus, aberturas no teto voltadas à iluminação ou ventilação, ou intercalado a estruturas de concreto nas coberturas, sugere Simone.

No entanto, a despeito de toda essa maleabilidade, de combinar bem com os mais diferentes tipos de desenho arquitetônico, o policarbonato possui vida útil um pouco menor se comparado à lona, ressalva a arquiteta. O produto risca e amarela com o tempo, cabendo, portanto, ao mantenedor observar qual material irá lhe proporcionar melhor custo benefício, em função das necessidades que a escola possui. Outra vantagem do policarbonato é impedir a circulação do ar, aponta.

A lona, por sua vez, muito utilizada em coberturas de estacionamentos, portas, janelas e passagens, é um tipo de material que pode ser incorporado ao próprio projeto arquitetônico e permite trabalhar a comunicação visual. “Além do bom desempenho térmico, porque não retém calor nem a circulação do ar, ela possibilita a utilização de cores variadas e do logotipo da escola”, afirma Simone. Portanto, se a ideia é aproveitar o toldo ou a cobertura para compor com o visual da edificação, a lona surge como boa opção, ao contrário do policarbonato, que tem na discrição e leveza suas principais qualidades.

No caso do Colégio Augusto Laranja, localizado no bairro de Moema, zona Sul de São Paulo, a escolha recaiu sobre o policarbonato, utilizado nas coberturas de suas duas unidades, afirma a gerente operacional Rosa Maria Chaves. “Os objetivos na época da instalação visavam à durabilidade, funcionalidade e proteção contra sol e chuva”, diz a administradora. Para a manutenção desses materiais, a arquiteta Simone Santos recomenda a lavagem periódica com o uso de sabão neutro e jateamento de água.

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Simone Santos
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