Como o líder deve cuidar da ansiedade do seu time?
A preocupação, a apreensão e a ansiedade são estados que antecipam em nosso cérebro possíveis acontecimentos desagradáveis para que possamos nos preparar e solucioná-los da melhor forma possível.
Este período atípico tem colocado à prova nosso sistema nervoso. O problema ocorre quando existe um excesso de preocupações que deixa o cérebro em estado de alerta ininterrupto. Essa sensação libera adrenalina e dopamina, substâncias que acabam viciando. Esse estado, no mínimo, produz uma dose de ansiedade e medo que alteram o metabolismo do corpo, gerando o estresse, e pode causar sérios distúrbios, como fobias, obsessões, compulsões, ataque de pânico e muitas doenças psicossomáticas.
Não existe controle sobre esses sentimentos, mas podemos reduzi-los a níveis aceitáveis por meio de uma liderança e gestão eficiente, delegação e visão sistêmica.
A delegação, por meio da distribuição das funções, e as reuniões periódicas de acompanhamento, proporcionam uma visão completa dos processos, o que reduz a sensação de insegurança e, consequentemente, o medo do futuro. Uma rotina diária é ideal para auxiliar na gestão de tempo e reduzir a sensação de impotência.
Equilíbrio entre desempenho e motivação – Nesta época de dificuldade, necessitamos de uma dose maior de gerenciamento em busca de metas e objetivos. Por outro lado, a pressão exercida pela cobrança tende a desmotivar uma equipe em tempos de instabilidade emocional. O que precisa ser feito é humanizar as estratégias de gestão sem detrimento do desempenho, e aplicar práticas motivacionais contínuas.
Gerenciar seu time – É a prática de delegar uma ação, acompanhá-la periodicamente (monitorar) e proporcionar opinião concreta (reuniões individuais), por meio de uma análise de desempenho.
Os líderes tanto observam a atividade quanto monitoram os resultados, usando as informações para ajudar os membros da equipe a identificarem falhas e modificarem as abordagens.
Para isso, é imprescindível que saibam o que acontece nas aulas remotas e presenciais, no atendimento da escola e na delegação de funções, estimulando os acertos e corrigindo os erros.
Mas, prover um colaborador de feedback em uma época de instabilidade emocional, pode propiciar um efeito contrário. A pessoa fica aborrecida, na defensiva e acaba menos motivada. Tendo em vista como é difícil reunir energia necessária para tomar esta inciativa, os líderes acabam desistindo de dar suas opiniões.
O ideal é criar a cultura do colaborador para ele pedir a opinião quando estiver preparado para ouvi-la. Pode parecer difícil em um primeiro momento, mas existem empresas que alcançaram este patamar de parceria entre líderes e liderados obtendo, assim, ótimos resultados. Dê o primeiro passo e tenha persistência.