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Guia para Gestores de Escolas

EdTechs: Soluções tecnológicas geram impactos positivos no cotidiano escolar

Por Rafa Ella Pinheiro / Fotos Divulgação

As ferramentas tecnológicas criadas pelas edtechs apresentam soluções inovadoras e personalizadas que contemplam tanto a área pedagógica como a gestão escolar. Presentes cada vez mais no mercado educacional, crescimento que foi potencializado pela pandemia, essas startups propõem resoluções práticas que podem ser facilmente incorporadas no dia a dia das escolas

O ambiente digital – e seus aplicativos, ferramentas, soluções e facilidades – tornou-se rapidamente um elemento central em nosso cotidiano, reelaborando nossas vivências pessoais, profissionais e educacionais. Nos últimos anos, no cenário educacional, percebemos um crescimento de inovações e soluções, proposto pelas startups e direcionado exclusivamente às instituições de ensino – as chamadas “edtechs”, termo criado a partir da junção das palavras em inglês education + technology.

Tendo essa ideia em vista, nesta edição da Direcional Escolas trouxemos um especial sobre quais os impactos que as soluções e inovações das edtechs podem gerar no cotidiano escolar. Com falas de especialistas da área e gestoras/es escolares, o especial destaca que a tecnologia pode ser uma grande aliada para o desenvolvimento educacional. Confira!

Cristina Favaron Tugas – Diretora Pedagógica do Colégio Engenheiro Salvador Arena

“As edtechs desempenham um papel crucial na modernização e melhoria da educação básica, oferecendo soluções tecnológicas que beneficiam alunos, professores e a comunidade escolar como um todo. Com inovações que impactam desde o planejamento pedagógico por meio da inserção do ensino híbrido, as plataformas trazem novas maneiras de personalizar o aprendizado e facilitar o trabalho dos educadores.

Essas tecnologias proporcionam apoio tanto no desenvolvimento das aulas quanto no acompanhamento do progresso dos alunos, otimizando a gestão e a análise de dados. Ferramentas como inteligência artificial e plataformas de ensino permitem personalizar o aprendizado e facilitar a gestão escolar, auxiliando na tomada de decisões com base em dados concretos.

Ao adotar essas soluções, as escolas podem modernizar o ensino, motivar os alunos e melhorar os resultados acadêmicos, além de otimizar processos administrativos. A integração das edtechs no cotidiano escolar oferece inúmeros benefícios, alinhando as instituições às tendências educacionais contemporâneas.

No entanto, para que essas tecnologias sejam plenamente eficazes, é essencial que tanto professores quanto alunos recebam treinamento adequado. Investir em formação e garantir o acesso igualitário a essas ferramentas é fundamental para que todos possam aproveitar os benefícios das inovações tecnológicas de forma consciente e produtiva.

No Colégio Engenheiro Salvador Arena, entre as inúmeras ferramentas que utilizamos podemos destacar o Sistema acadêmico (levantamento de dados); QliKView (levantamento de dados); Moodle (ensino e aprendizagem); Plataformas de ensino (ensino e aprendizagem); Udemy (formação de professores e funcionários) e a IBM planning analytics (controle orçamentário), além de ferramentas importantes que auxiliam os processos de gestão escolar, facilitando  a mensuração dos resultados e o controle das ações, visando  alcançar os objetivos estratégicos almejados, como o Balanced Scorecard (BSC).”

Cristina Favaron Tugas – Diretora Pedagógica do Colégio Engenheiro Salvador Arena

 

Gabriela Saraiva – Gerente de Inovação e Novos Negócios da FTD Educação

“As edtechs estão revolucionando o cenário educacional, ao unir a potência da tecnologia com a sabedoria pedagógica, criando soluções que simplificam e potencializam o dia a dia nas escolas. Em 2022, o mercado global de edtechs foi avaliado em impressionantes US$ 125 bilhões, segundo a Market Research Future. Já nos primeiros seis meses de 2024, o setor celebrou 402 acordos globais, somando cerca de US$ 1,5 bilhão em investimentos, conforme o relatório da Brighteye Ventures. No Brasil, o cenário não é diferente: o país lidera o mercado latino-americano de edtechs, abrigando 70% das startups da região e atraindo 80% dos investimentos. Entre 2015 e 2024, o setor movimentou US$ 475,6 milhões, colocando o Brasil à frente de nações como Colômbia e Argentina.

Entre as tendências mais vibrantes, o destaque vai para a Inteligência Artificial (IA), que tem impulsionado o aprendizado adaptativo e a automação das rotinas escolares. Além disso, a fusão de sustentabilidade com inovação está cada vez mais evidente, moldando uma educação mais acessível, dinâmica e conectada a outros setores da economia. As plataformas de aprendizado adaptativo continuam a avançar, utilizando IA para personalizar o ensino, ajustando conteúdos e ritmos conforme o desempenho de cada aluno. Já as soluções de tutoria inteligente, que contam com aprendizado de máquina, detectam os pontos fortes e fracos dos estudantes, oferecendo recursos sob medida. Essa tecnologia está conquistando todas as faixas etárias, promovendo maior engajamento e acessibilidade no processo educacional.

Na administração escolar, as soluções ‘copiloto’ equipadas com IA estão se tornando essenciais, automatizando tarefas como a elaboração de horários e correção de provas. Isso libera gestores para focarem em decisões estratégicas, além de fornecer análises de dados avançadas e insights de mercado, permitindo uma gestão mais ágil e precisa. Os chatbots também estão ganhando terreno, oferecendo feedbacks instantâneos e facilitando a coleta de dados. Embora ainda existam desafios relacionados à privacidade e segurança, o futuro dos chatbots promete mais sofisticação, aprimorando a interação entre escolas e alunos. Outra tendência são os Sistemas de Gestão Educacional (EMS), que evoluíram para hubs completos, integrando uma série de ferramentas colaborativas e serviços.

As inovações promovidas pelas edtechs não só redefinem a experiência de aprendizado, mas também tornam o processo administrativo mais fluido e a tomada de decisões mais embasada. Para que esse impacto seja ainda maior, ambientes regulatórios flexíveis, chamado de ‘sandboxes’, podem acelerar o ritmo da inovação, permitindo a experimentação de novas abordagens educacionais e fomentando mais investimentos. O futuro das edtechs vislumbra um cenário de evolução constante, em que IA e big data assumem protagonismo na transformação da educação e na criação de escolas mais eficientes, acessíveis e personalizadas”.

Gabriela Saraiva – Gerente de Inovação e Novos Negócios da FTD Educação

 

Cleiton Galvão – CPO da TRIEduc/Trillo

“As edtechs trazem uma diversidade de soluções e abordagens que otimizam o cotidiano escolar, contribuindo para alocação dos alunos no centro do processo educacional. Entre as principais inovações podemos citar as plataformas que oferecem ferramentas de diagnóstico da qualidade da aprendizagem, que geram dados importantes sobre o desenvolvimento dos estudantes e sobre a adequação da estratégia de ensino aplicada.

Há também edtechs dedicadas ao ensino personalizado, com materiais didáticos interativos e recursos multimídias, que atendem à diversidade de estilos de aprendizagem e permitem que cada aluno avance no seu ritmo. Edtechs dedicadas à disponibilização de soluções administrativas, por sua vez, facilitam a gestão escolar e tiram barreiras burocráticas, facilitando a maior participação da família.

Enfim, as soluções trazidas pelas edtechs ajudam os alunos a desenvolverem habilidades úteis para sua plena atuação como cidadãos, ao tornarem o aprendizado mais interessante e personalizado para uma geração que utiliza a tecnologia de maneira única.”

Cleiton Galvão – CPO da TRIEduc/Trillo

 

Maria Eduarda Menezes – Coordenadora de EdTech da Beacon School

“Uma das principais inovações é a integração da Inteligência Artificial (IA) no processo educativo. Na Beacon School, desenvolvemos um documento orientador que permite aos professores utilizarem a IA de maneira ética e intencional, facilitando tarefas repetitivas e auxiliando na preparação de aulas. Essa abordagem não só melhora a eficiência dos educadores, mas também enriquece a experiência de aprendizado dos alunos, permitindo um foco maior em atividades que exigem análise crítica, responsabilidade e criatividade. A Inteligência Artificial permite a personalização, destacando, por exemplo, as dificuldades de cada aluno, permitindo ao professor adaptar suas estratégias de ensino para garantir uma aprendizagem significativa.

Além disso, o currículo é estruturado com base em quatro pilares — Letramento Digital, Cidadania Digital, Cultura Maker e Pensamento Computacional — que garante que os alunos não apenas consumam tecnologia, mas possam ser produtores de conteúdo e que a utilizem de forma criativa e ética no seu cotidiano. As aulas de EdTech começam no Ensino Fundamental I e no Fundamental II, os alunos têm aulas de Design, disciplina do IB (International Baccalaureate) que tem como objetivo desenvolver a capacidade de resolver problemas criativamente por meio do design thinking, além de incentivar o uso de habilidades práticas e teóricas para projetar, criar e avaliar soluções inovadoras para problemas reais, levando em consideração fatores como sustentabilidade, funcionalidade e estética. Em ambas disciplinas, há a promoção de habilidades essenciais como programação, resolução de problemas, criatividade e pensamento crítico, preparando os alunos para os desafios do futuro.

Por fim, a ampliação do debate sobre tecnologia educacional é crucial. A Beacon School se empenha em estar à frente das tendências, buscando constantemente inovações que possam ser aplicadas no cotidiano escolar. Acreditamos que a tecnologia deve ser uma aliada no processo educativo, e estamos comprometidos em utilizá-la de forma que beneficie tanto alunos quanto professores, garantindo um ambiente de aprendizado dinâmico e inclusivo.”

Maria Eduarda Menezes – Coordenadora de EdTech da Beacon School

 

 

Beatriz Zancaner – Pós-graduada em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS, fundadora e CEO da GrãoEdu (empresa de mapeamento das potencialidades dos alunos)

“As edtechs têm o potencial de transformar o cotidiano escolar ao oferecer soluções que otimizam o aprendizado, engajamento e desenvolvimento de habilidades. A escola lida com muitas demandas e pode contar com o apoio da tecnologia para otimizar e simplificar suas rotinas.

Com a GrãoEdu, a escola consegue ter um olhar individualizado para seus alunos, mapeando as potencialidades e necessidades de cada um, nos seguintes pilares: Aprendizagem, Engajamento, Pensamento Crítico e Socioemocional. Entregamos relatórios individuais que viram pauta qualificada entre coordenação e professores, professores e alunos, e também com a família, de forma que todos se unam em parceria para a evolução do estudante.

Nossa metodologia é pautada em autoconhecimento e metacognição, ferramentas poderosas para aumentar engajamento dos alunos e aprendizagem. É preciso conhecer a percepção que o aluno tem de si mesmo para fazer intervenções eficazes.

Além do mapeamento, seguimos com treinamentos personalizados dos alunos nas suas necessidades, sempre focando em seu desenvolvimento como pessoa e no aumento de sua aprendizagem. E tudo isso de forma muito rápida, com mínima interferência na rotina escolar.”

Beatriz Zancaner – Pós-graduada em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS, fundadora e CEO da GrãoEdu (empresa de mapeamento das potencialidades dos alunos)

 

Luiz Gonzaga – CEO e fundador da Lize Edu

“Nos últimos anos, o mercado de educação tem passado por uma transformação acelerada, impulsionada pelo aumento do acesso à internet e à informação. Com isso, muitas instituições enfrentam desafios para se adaptar, especialmente na incorporação de tecnologias e na capacidade de analisar dados para decisões pedagógicas e administrativas. Nesse cenário, as edtechs se destacam como parceiras essenciais, trazendo inovações que não apenas introduzem novas ferramentas, mas também propõem mudanças culturais e humanas fundamentais para o avanço educacional.

Na Lize, por exemplo, identificamos nossas personas ao longo da jornada avaliativa, mapeando os pilares de dores específicos de cada grupo. Para os coordenadores, os desafios estão na gestão do Projeto Político-Pedagógico (PPP), no planejamento e na organização do calendário escolar. Já os professores enfrentam dificuldades como a falta de tempo e a busca por mais qualidade no ensino, precisando equilibrar demandas de conteúdo com oportunidades de personalização pedagógica. Os alunos, por sua vez, necessitam de um direcionamento claro e uma comunicação efetiva para se engajarem no aprendizado, enquanto as famílias buscam um acompanhamento mais próximo e transparente do progresso dos seus filhos.

As edtechs buscam resolver esses problemas de forma eficiente, oferecendo soluções que impactam diretamente cada uma dessas personas e seus desafios. Na Lize, atuamos para engajar coordenadores, professores, alunos e famílias, focando em uma experiência do usuário que seja intuitiva e acessível. Acreditamos que o sucesso de qualquer tecnologia educacional depende não apenas de suas funcionalidades, mas de como ela se integra e é adotada na rotina escolar. A experiência do usuário é um fator crucial para garantir que as soluções sejam não apenas implementadas, mas efetivamente utilizadas de forma a gerar resultados concretos.

Por fim, é importante lembrar que a transformação digital na educação vai além da simples adoção de novas ferramentas; ela envolve um suporte contínuo para adaptação cultural das instituições. Edtechs bem-sucedidas oferecem bases de conhecimento, suporte dedicado e sistemas de fácil integração para facilitar essa transição. O verdadeiro diferencial está em como essas soluções se aplicam no ‘chão da escola’, ajudando a engajar os diferentes agentes envolvidos e a resolver problemas de maneira prática e humanizada.”

Luiz Gonzaga – CEO e fundador da Lize Edu

 

Pedro Gesteira – CEO da AMentoria Educação e Acadêmico de Medicina da UFRN

Como surge a solução que uma startup gera? Ela surge na maioria dos casos a partir do entendimento profundo de algum problema em específico. Quanto mais se entende o problema e o indivíduo afetado por aquele problema, melhor e mais impacto será gerado pela solução da startup. Na educação essa lógica se torna ainda mais relevante, afinal os problemas tendem a impactar muitos entes diferentes de uma vez só: aluno, família, time da escola…foi justamente a partir do entendimento profundo (e no seu grau mais extremo) de um problema que eu idealizei a solução que hoje a AMentoria oferece para otimizar o cotidiano escolar.

Em março de 2015, um mês após tomar a decisão de que eu queria cursar Medicina na faculdade, eu tive um burnout enquanto estava no meu segundo ano do ensino médio. Durante meus 10 anos anteriores como estudante eu não consegui imprimir um aproveitamento pedagógico suficiente para estar no nível de alcançar a medicina. Ou melhor, como gosto de falar nas palestras que faço em escolas, fui muito vagabundo na escola até aquele momento. E ao tomar a decisão da Medicina eu não soube lidar com a pressão interna pelo nível de dificuldade envolvida para alcançar a minha meta, e principalmente, eu não soube lidar com a falta de clareza o que fazer para alcançar o resultado que eu almejava. Eu achava que eu precisava simplesmente estudar o máximo que eu pudesse. 

Nesse processo, cheguei a um burnout com um mês de estudos em 2015. Me recuperei naquele ano e tentei novamente em 2016. Tive mais um ano de estudos perdido. Foi em 2017 que testei construir uma metodologia de estudos individualizada e assim alcancei minha aprovação em Medicina na UFRN.

Dessa experiência e do entendimento profundo do problema que estudantes passam ao chegar no ensino médio foi que, utilizando neurociência e um pouco de tecnologia, montamos uma plataforma que permite que alunos do ensino médio tenham mentorias individuais com acadêmicos recém aprovados em medicina, para acompanhamento estratégico individualizado. Hoje estamos focados em permitir que o máximo de escolas possam ter nossos mentores individuais a disposição da coordenação pedagógica (e dos alunos, é claro) como ferramenta para a rotina de estudos dos estudantes que precisam tanto desse atendimento individualizado e desse porto seguro que é gerado quando ele se conecta com outro jovem que chegou onde ele quer chegar.

Esse é o poder de inovação que uma startup pode gerar na rotina de uma escola. Construir rotinas de atendimento 100% individualizadas, através de mentores humanos, de forma barata e escalável para escolas que buscam performance aliada a humanização do processo de ensino.”

Pedro Gesteira – CEO da AMentoria Educação e Acadêmico de Medicina da UFRN

 

 

Cristina Diaz – CEO da UpMat Educacional e trabalha na área da Educação desde 2009

“As edtechs têm o potencial de transformar o cotidiano escolar, tornando-o mais eficiente, inclusivo e personalizado. Além disso, com a Política Nacional de Educação Digital (Pned), sob a Lei 14.533, de 2023, essas empresas apoiam a proposta da lei de garantir a inclusão digital da população brasileira. As edtechs desenvolvem soluções inovadoras para que o ambiente escolar seja mais dinâmico e acompanhe as tendências de ensino globais.

A UpMat Educacional é uma das edtechs brasileiras dedicada à educação básica e que promove competições acadêmicas envolventes e saudáveis para estudantes em todo o Brasil. Acreditamos que essas olimpíadas de conhecimento têm o poder de promover a inovação tanto para os conteúdos quanto para as metodologias, além de envolver tanto as equipes escolares quanto os estudantes em uma constante busca por conhecimento. A experiência de participar e conquistar medalhas nesses eventos cria um sentimento inesquecível de realização e orgulho.

Nossa principal iniciativa é o Concurso Internacional Canguru de Matemática Brasil, que acontece simultaneamente em mais de 100 países e que já reúne mais de 8 mil escolas e quase três milhões de estudantes em todo o país. Além disso, organizamos o Desafio Bebras de Lógica Computacional e a OLITEF, a maior Olimpíada de Educação Financeira do Brasil, em parceria com a B3, a bolsa do Brasil e o Tesouro Nacional.

Além das iniciativas das competições estudantis, também desenvolvemos material de apoio para os professores obterem ainda mais conhecimento sobre as avaliações e possam aplicar em sala de aula de forma lúdica e divertida, principalmente para disciplinas como a Matemática, que nem sempre traz consigo um estigma positivo.”

Cristina Diaz – CEO da UpMat Educacional e trabalha na área da Educação desde 2009

 

Ana Antonio – head de Marketing e Produto do Edify Education

“Acredito que podemos organizar em quatro principais pontos:

Inteligência artificial como aliada dos professores

A inteligência artificial (IA) pode otimizar até 45% das tarefas administrativas dos professores, segundo o Future of Work Report de 2023 do LinkedIn. Isso permite que os educadores concentrem mais tempo no ensino. Ferramentas como o Teacher’s Toolkit, já estão reduzindo pela metade o tempo de planejamento de aulas, permitindo que os professores criem conteúdos dinâmicos, como apresentações. O Edify Education é a única empresa brasileira vencedora do EdTech Awards de 2024, prêmio que já destacou empresas renomadas como: Adobe, Discovery Education, ClasskLink e Udemy.

Aprendizagem individualizada se tornando realidade

As edtechs estão transformando a personalização da aprendizagem em uma realidade concreta. Embora existam poucas ferramentas realmente individualizadas, a evolução da IA permite personalizar todos os aspectos do aprendizado. O desafio é integrar essas capacidades de forma eficaz nos produtos educacionais para que sejam acessíveis e funcionais nas escolas. O Edify Play é um exemplo, ele é um app disponível para Android e IOS, como um game construído na poderosa plataforma Unity, que desenvolveu jogos como Among Us, Fall Guys, Angry Birds e Pokemon GO. O Edify Play traz um avatar que atua em um jogo interativo, em inglês, com captação das palavras e expressões em fases sequenciais.

Inovações tecnológicas no ensino

As novas tecnologias de áudio generativo, como Rabbit R1 e Ai Pin, prometem revolucionar a interação com ferramentas tecnológicas. Esses dispositivos podem ser utilizados em sala de aula para facilitar o acesso a recursos educacionais e promover uma experiência inclusiva, especialmente para alunos neurodivergentes, com recursos adaptados e descrições auditivas detalhadas.

Personalização e acessibilidade

Essas inovações também ajudam os professores a otimizar seu tempo ao integrar assistentes virtuais que auxiliam na correção de tarefas e na criação de conteúdos adaptados. Ao liberar os educadores de tarefas rotineiras, é possível focar na personalização do ensino e atender melhor às necessidades individuais dos alunos. As edtechs, como o Edify, estão na vanguarda dessa transformação, tornando o ambiente escolar mais eficiente e adaptado às demandas do século XXI.”

Ana Antonio – head de Marketing e Produto do Edify Education

 

Pedro Siciliano – Professor e fundador da plataforma Teachy

“A integração de tecnologias nas escolas tornou-se essencial na educação. Os professores, mais do que nunca, reconhecem a importância de dominar ferramentas digitais e plataformas educacionais para enriquecer o ensino e engajar seus alunos. Isso inclui desde o uso básico de softwares até a adoção de soluções mais avançadas, como realidade aumentada e assistentes de chatbot. No entanto, apesar desse interesse, a maioria dos educadores ainda não consegue utilizar essas tecnologias de forma eficaz no dia a dia, principalmente devido à sobrecarga de trabalho e à falta de soluções adequadas.

Professores gastam metade do seu tempo em atividades fora da sala de aula. Estudos mostram que, em média, educadores dedicam entre 15 a 20 horas semanais apenas para preparar aulas, criar e corrigir avaliações, além de realizar tarefas administrativas. No Brasil, essa situação se agrava pelo fato de os professores terem duas vezes mais alunos do que o recomendado pelo MEC. Eles enfrentam uma jornada extensa de trabalho e ainda precisam fazer dezenas de horas extras toda semana, fora da sala de aula, sem receber por isso.

Em um universo tão complexo, onde o papel do professor é fundamental na formação dos jovens, os educadores encontram outras diversas barreiras, como a falta de engajamento dos alunos em sala de aula, que reflete, acima de tudo, na relação dos próprios estudantes com as escolas, aumentando a evasão escolar para cerca de 5,9% segundo o censo de 2023. Diante desses desafios surge a Teachy, uma plataforma que utiliza inteligência artificial para otimizar o tempo dos professores e permitir que se concentrem no que realmente importa: ensinar.

A Teachy é a maior edtech de inteligência artificial da América Latina, conta com 400 mil professores inscritos, foi desenvolvida por brasileiros e já alcança mais de 172 países. A plataforma oferece uma redução de até 80% do tempo que os professores gastam em tarefas repetitivas e burocráticas. Reunimos, ainda, centenas de milhares de materiais adequados à BNCC, desde planos de aulas até questões de vários vestibulares do Brasil e também do exterior. Além dos educadores, contamos com uma equipe multidisciplinar de desenvolvedores de software e especialistas em IA, o que garante soluções robustas e eficazes. Defendemos que a tecnologia não substitui o professor, mas amplifica suas capacidades de ensino e aprendizagem, mantendo o educador sempre no comando do processo educacional.

Reconhecemos que a adoção da IA na educação pode levantar questões sobre a veracidade e credibilidade das informações obtidas. Por isso, um dos principais diferenciais da plataforma Teachy é que todos os projetos dos materiais pedagógicos disponíveis foram desenvolvidos por uma equipe de especialistas em Educação, garantindo a aderência às diretrizes da BNCC, e a IA treinada com esses parâmetros, visando criar conteúdos relevantes e de alta qualidade. Com mais de um milhão de materiais didáticos disponíveis para consulta, a Teachy se posiciona como uma aliada essencial dos educadores.”

Pedro Siciliano – Professor e fundador da plataforma Teachy

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