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Guia para Gestores de Escolas

Absenteísmo e Presenteísmo

O absenteísmo é uma palavra que começou a ser utilizada a partir da Revolução Industrial e trazia como causa principal as faltas dos funcionários, suas dores físicas pelo trabalho braçal e repetitivo.

Hoje, faltas, atrasos e saídas antes do horário já se revelam como absenteísmo e as causas foram identificadas a partir de uma infraestrutura deficiente, problemas de saúde física e mental, dependência química, clima organizacional não favorável, assédio moral, preferencialismo, imaturidade profissional e até a falta de comprometimento.

Níveis fixos de absenteísmo giram em torno de 3% ao mês, sendo considerado aceitável até 5%. Esse cálculo é muito simples e feito pela divisão das horas de absenteísmo pelas horas contratadas x 100. Como é fácil de mensurar, no absenteísmo a empresa tem a oportunidade de substituir o funcionário antes de maiores prejuízos.

Já o presenteísmo é muito mais pernicioso, pois acontece silenciosamente no ambiente de trabalho, e de diversas formas. Um funcionário está fisicamente na empresa, mas procrastina, adia tarefas e está mental e emocionalmente ausente, afeta o clima organizacional com sua falta de motivação, não traz resultados, além de contaminar o restante da equipe, já que seu trabalho acaba sendo realizado por outro colega que muitas das vezes sabe que o presenteísta não produz.

Como, então, podemos identificar o presenteísta? Os gestores de área devem observar os sintomas, como trabalho acumulado mesmo com equipe completa, motivação zero em um ou mais colaboradores, falta de atenção às tarefas pertinentes ao cargo, reuniões nada produtivas, desgastando ainda mais o clima, discussões rotineiras e sem causa relevante.

Os presenteístas são considerados como vítimas, pois não faltam ao trabalho mesmo doentes. Podem estar com fortes dores de cabeça, dores nas costas, irritação, dores musculares, cansaço, ansiedade, angústia, irritação, depressão, insônia, estresse, distúrbios gástricos, etc. – mas estão presentes.

Para as corporações, os prejuízos de ter um trabalhador doente em sua equipe são grandes, já que existe uma perda em produtividade que é difícil de mensurar. Segundo a ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), cerca de 23% da população adulta é presenteísta. E esse percentual chega a 35% quando falamos do setor industrial.

Normalmente o trabalhador que lida com prazer naquilo que produz, consegue se abster de adoecer mesmo quando a organização do trabalho for excessivamente rígida, o clima organizacional for doente e ainda se não houver um programa de promoção de saúde mental dentro da empresa. Mas até quando esse indivíduo conseguirá seguir vencendo essas batalhas contra o adoecimento?

Como o presenteísmo e o absenteísmo originam-se de diversos fatores, sua prevenção exige uma combinação de esforços dos gestores. A prevenção deve começar pela observação do próprio funcionário sobre si atentando para sua saúde física e mental.

As organizações devem abrir um canal de comunicação direto e honesto entre a gestão, ou setor de recursos humanos, com os demais trabalhadores da empresa. Uma pesquisa de clima organizacional, por exemplo, pode ajudar a entender como os funcionários estão pensando e o que acham do ambiente organizacional e dos benefícios oferecidos. O mais importante é resgatar e garantir a motivação da equipe através de um clima saudável e agradável no ambiente de trabalho e, consequentemente, reduzir esse vírus silencioso.

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