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Guia para Gestores de Escolas

Berçário: Mudanças em tempos de pandemia

O berçário, além de ser o primeiro contato social dos bebês e de proporcionar formações sensorial, psicomotora, cognitiva e afetiva, fortalece estímulos, movimentos, brincadeiras e incentivos lúdicos para os bebês. Nesse sentido, a estrutura específica dos berçários deve ser avaliada e cuidada sob múltiplos aspectos, tanto em sua função pedagógica, como de higiene, cuidado e segurança.

Na atualidade, em especial, atravessamos uma pandemia sem precedentes que provocou densas rupturas em todas as camadas sociais, inclusive na educação. Nesse momento de preparação para a volta às aulas e de planejamentos para o ano letivo de 2021, surge um questionamento importante: como as escolas que atendem berçários podem se reinventar diante de tantas mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19?

ESPAÇO DE ACOLHIMENTO

Depois de alguns meses em isolamento social, e nesse processo de retorno às aulas e ao espaço físico das escolas, é interessante criar um espaço de acolhimento que favoreça a readaptação dos bebês no ambiente escolar. Para a arquiteta Claudia Porto, esse acolhimento, nos espaços, é feito através de materiais aconchegantes e que os bebês conhecem de casa, como tapetes, almofadas, tecidos, etc.

“Principalmente depois da pandemia, em que os bebês estão ainda mais próximos dos pais, deve-se pensar em espaços onde não tenham muitas pessoas diferentes, salas que proporcionem pequenos grupos, tanto de crianças quanto de cuidadores, para que eles possam se conectar a esses adultos facilmente para se sentirem seguros”, afirma Porto.

Outro destaque arquitetônico é o estímulo de elementos que compõem a arquitetura biofílica, ou seja, uma forma de design que utiliza elementos da natureza para transformar os ambientes. “Apesar de não ser uma novidade propriamente dita, prestar atenção nos itens que reconectam a escola com a natureza e priorizam a iluminação e a ventilação naturais é essencial. Ventilação cruzada é a palavra-chave somada a espaços abertos e amplos”, ressalta a arquiteta.

CUIDADO E LIMPEZA

O constante cuidado com a limpeza para evitar a transmissão do novo coronavírus é um dos principais protocolos de segurança. E, na área dos berçários, alguns cuidados extras devem ser incorporados ao cotidiano escolar. Nesse sentido, Claudia Porto salienta algumas recomendações: Funcionários devem trocar de roupa ao entrar na escola, lavar bem as mãos e somente depois entrar em contato com as crianças; criar um hábito constante de lavar as mãos, limpar superfícies de alto uso com álcool gel e máscaras; determinar um grupo específico que terá contato com as crianças; os pais não devem entrar na escola, deixando as crianças na porta ou no pátio.

“É possível, também, pensar em uma redistribuição espacial. Com crianças desta faixa etária não tem como impor distanciamento, porém é possível reduzir o grupo, criar turnos, eventualmente redistribuir espaços para permitir grupos menores em ambientes diferentes”, finaliza. (RP)

Saiba mais:
Claudia Porto – [email protected]

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