Brincar é coisa séria
Matéria publicada na edição 105 | Fevereiro de 2015- ver na edição online
E aí vamos brincar?
Os educadores e os pais podem utilizar o brincar como instrumento para o desenvolvimento das crianças e jovens, oferecendo-lhes oportunidades para criar, explorar, divertir e experienciar os jogos. Em um espaço adequado para brincar, as crianças farão as escolhas sobre o que elas brincam e com quem manifestam esse desejo. Nele, os pais atuam como o “Educador do Brincar”. Ele promoverá mudanças nas pessoas e no contexto infantil e social em que vivem.
Para Silva e Gonçalves (2010) o brincar e o jogar são momentos sagrados na vida de qualquer indivíduo. É com a prática dos jogos e das brincadeiras que as crianças ampliam seus conhecimentos sobre si, sobre os outros e sobre o mundo que está ao seu redor, desenvolvem as múltiplas linguagens, exploram e manipulam objetos, organizam seus pensamentos, descobrem e agem com as regras, assumem papel de líderes e se socializam com outras crianças, preparando-se para um mundo socializado.
O brinquedo e o ato de brincar, completa o mundo mágico infantil, pois é uma das principais formas de autodescoberta e vivências da própria criança, partindo da percepção de seus limites e de suas possibilidades, explorando seu ambiente através de suas brincadeiras de uma maneira saudável e produtiva, contribuindo assim, para a integração de suas primeiras experiências culturais.
A importância do brinquedo decorre de sua capacidade de instigar a imaginação infantil. Ao ver o brinquedo, a criança é tocada pela sua proposta, reconhece umas coisas, descobre outras, experimenta e reinventa, analisa, compara e cria. Sua imaginação se desenvolve e suas habilidades também.
O brinquedo e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas. A variedade de situações que o brinquedo possibilita pode favorecer aquisição de novos conceitos.
É na magia do brinquedo que ela desenvolve a autoestima, a imaginação, a confiança, o controle, a criatividade, a senso – percepção, a cooperação e o relacionamento interpessoal. A participação de um adulto, ou criança mais velha, enriquece o processo do Brincar.
Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc…
Sua sociabilidade se desenvolve: ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo, e a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.
Conclui-se que o brincar é fundamental para o desenvolvimento integral da crianças e na socialização dos pais com os seus filhos.
REFERÊNCIAS
COSTA E SILVA, T.A.; GONÇALVES, K.G.F. Manual de lazer e recreação: o mundo lúdico ao alcance de todos. São Paulo: Phorte Editora, 2010.
Tiago Aquino da Costa e Silva (Paçoca)
Graduado Em Educação Física – FMU. Especialista em Administração e Marketing, em Educação Física Escolar; e em Recreação e Lazer. Membro do LEL – Laboratório de Estudos do Lazer – UNESP/ Rio Claro e da WLO – World Leisure Organization. Diretor Executivo da S&P Produções em Entretenimento. Consultor e Educador Empresarial com 12 prêmios nacionais e internacionais. Palestrante Internacional e Autor de Livros.
Contato: www.professorpacoca.com.br / [email protected]