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Guia para Gestores de Escolas

Dica – EAD

Matéria publicada na edição 106 | Março de 2015- ver na edição online

Novas Práticas de Conhecimento: Ensino a Distância

Por Rafael Pinheiro

Avanços tecnológicos, transformações evidentes, democratização do conhecimento. A contemporaneidade, enraizada em conceitos globalizados, disponibiliza acessos à informação de maneira integral em plataformas distintas, de fácil manuseio e para uma grande parcela da população, com uma essência democrática, livre e até flexível. Nesse processo, a educação, fator primordial, propicia caminhos em novos mecanismos de aprendizagem que começam a ganhar força e notoriedade, como o EAD – Educação a Distância.
Apresentado na legislação brasileira (Decreto n.º 5.622, de 19 de dezembro de 2005), como uma “(…) modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”, percebemos uma crescente busca em cursos livres, técnicos, graduações, especializações e pós-graduações – todos a distância.
Mauro Galasso, consultor e docente para áreas de administração, logística, marketing e gestão de equipes, ressalta algumas vantagens dessa modalidade de ensino: “Para o aluno: adaptação aos horários e rotinas pessoais, acesso a cursos de instituições renomadas e Baixo custo de investimento. Para a instituição: acesso a um maior numero de candidatos a alunos, não precisa de grandes estruturas físicas para crescimento de matrículas e maior possibilidade de rentabilidade por investimento”.
Explorando os diversos recursos da tecnologia, com interface moderna e conteúdo permanentemente atualizado, o sistema EAD oferece programações a distância com conhecimento, capacitação profissional, além de uma pedagogia inovadora, autonomia do aluno, interatividade entre aluno-professor, acesso ao ambiente virtual de aprendizagem em qualquer tempo e lugar, através de celulares, tablets, notebooks e computadores.
Segundo o consultor, os métodos diferenciados adotados tanto pelo sistema de ensino presencial como a distância devem seguir o mesmo objetivo: conhecimento obtido. “O material didático criado para o sistema EAD deve ser capaz de conduzir o aluno pelos caminhos da aprendizagem. Assim como um jogo de video game é fracionado em fases, que são ultrapassadas após o cumprimento de metas estipuladas, o material disponibilizado ao discente deve conter critérios claros, uma linguagem amigável e um visual atraente”, diz Galasso.

AUTONOMIA NO ENSINO

Visto como a educação do futuro, o ensino a distância, carrega em seu plano pedagógico, uma dose de maturidade, disciplina e uma dedicação precisa. Os desafios do estudo a distância são equiparados ao modelo presencial, exigindo concentração, administração do tempo e responsabilidade.
Dentre os principais métodos e vantagens que o EAD promove, alguns alunos encontram algumas dificuldades durante o percurso, como a ausência física de um professor. “A sensação de não ter uma condução de perto por um especialista gera desconfiança sobre a eficácia do EAD. Portanto, a ação do professor-tutor deve ser ativa e estimuladora, esclarecendo mais sobre o processo de estudo por essa forma educacional, que ainda é novidade para grande parte dos atuais alunos no mercado”, afirma Galasso, que destaca, também, a dificuldade de acesso a redes de internet e plataformas educacionais eficientes que comportem grande número de acessos simultâneos, deixando falhas nas etapas deste ensino.
Notamos, então, que novas práticas de ensino, novos panoramas de conhecimento e até novos desafios que envolvem não só o desejo de aprendizado do aluno, como também um desafio para os professores que desenvolvem materiais instigantes, compreendendo a necessidade do aluno sem o contato pessoal, embarcam em processos que transcendem as salas de aula e criam espaços na mobilidade atemporal, transitória e virtual, ou seja, dados marcantes em nossa realidade.

Acreditar, desmistificar e construir o ensino a distância aponta uma circunstância real, deixando de lado uma sutil tendência educacional, mesmo que esteja em processo de evolução, demonstrando um baixo percentual de formados pelos métodos EAD. E pelos olhos mercadológicos, o resultado é positivo e otimista. “O que vemos no mercado é uma boa receptividade de profissionais que se qualificam à distância, pois encaram que são pessoas que sabem se auto gerenciar, seguem regras e trazem uma motivação de superação continuada. Além do que, grandes instituições como Fundação Getulio Vargas e Universidade de São Paulo mostram bons currículos para seus cursos ofertados, o que agrada empresários contratantes”, ressalta o consultor.

As práticas do ensino a distância começaram a ganhar forma há pouco tempo, desenvolvendo, aprimorando e incorporando em sua matriz a preocupação em todas as etapas de ensino: tanto no ingresso à esse ensino, como em sua avaliação posterior, acarretando novas oportunidades de trabalho.

O sistema empresarial, bem como grande parte de nossa sociedade, está em um ciclo efêmero, transformador, observando minuciosamente os novos empregados, suas rotinas, desejos e objetivos de realização. E, nesse ciclo, o ensino a distância instaura sua missão e destaca-se, aos poucos, no mercado de trabalho. “O que vemos no mercado é uma boa receptividade de profissionais que se qualificam à distância, pois encaram que são pessoas que sabem se auto gerenciar, seguem regras e trazem uma motivação de superação continuada. Além do que, grandes instituições como FGV (Fundação Getúlio Vargas) e USP (Universidade de São Paulo) mostram bons currículos para seus cursos ofertados, o que agrada empresários contratantes”, finaliza Galasso.

Essa nova plataforma de ensino propicia novas fontes de conhecimento, plural e instantâneo, pautado em recursos que nossa atual sociedade da informação despeja em nosso dia a dia. O ensino a distância é uma forma de trilhar novos caminhos na relação ensino-aprendizagem, vivenciar experiências gratificantes e visualizar as transformações que ocorrem na educação. (RP)

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