Dica — Prevenção é a melhor arma
Dicas para Diretores de Escolas
Matéria publicada na edição 33 | Novembro-Dezembro 2007 – ver edição online
Os animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, independente da vontade dele. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo, destacam-se entre esses animais aqueles que podem transmitir doenças ou causar danos à saúde. É o caso das baratas, ratos, pombos, morcegos, moscas, mosquitos, pulgas, carrapatos, formigas, escorpiões e aranhas. Diante dessa extensa lista, é prudente prevenir a visita desses indesejados habitantes. Contra os principais insetos rasteiros e os ratos, é aconselhável que se faça o controle de pragas semestralmente, de preferência nas férias escolares. É indicado que após a pulverização do inseticida, as pessoas fiquem fora do local por 8 a 12 horas.
A escola deve escolher empresas especializadas, que possuam o alvará da Vigilância Sanitária, além de um responsável técnico registrado na empresa. Esse profissional pode ser biólogo, agrônomo, químico, veterinário ou farmacêutico. Ao se decidir pela empresa que realizará o controle de pragas na escola, é interessante também observar a apresentação dos funcionários, e detalhes como a limpeza dos automóveis e equipamentos. A empresa deverá emitir um certificado, informando o produto que foi aplicado, a dosagem utilizada e o antídoto recomendado em caso de ingestão. O documento precisa ser assinado pelo responsável técnico e conter o número do alvará da Vigilância Sanitária. É indicado que a escola não escolha a empresa apenas pelo menor preço. Há empresas que não utilizam a dosagem recomendada pelo fabricante ou então aplicam produtos de segunda linha, numa diluição maior que a recomendada. Outras usam ainda produtos agrotóxicos, no lugar dos produtos domissanitários registrados na Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Também contra os cupins a prevenção é fundamental. Para controlar a presença desses insetos, é preciso primeiro identificar a espécie de cupim que está infestando a construção. Vale lembrar que são os cupins subterrâneos os que mais danos acarretam ao patrimônio. Os cupins de madeira seca e a broca atingem apenas móveis e peças de madeira. Já os subterrâneos andam pela estrutura da edificação, se locomovendo nos espaços existentes entre partes de madeira e alvenaria e partes de madeira e rede elétrica. O cupim subterrâneo se alimenta de celulose, encontrada na madeira, papel e tecidos de algodão. Ele aproveita as microfissuras das paredes e falhas estruturais das construções para se infiltrar, deixando um túnel de terra por onde passa. Na verdade, essa terra é uma mistura de saliva com fezes dos cupins, mais o madeiramento estragado.
O avanço do cupim subterrâneo é silencioso. Caixões perdidos entre lajes cheios de madeiramento, portas, batentes, guarnições, gabinetes de pia, rodapés e fundos de guarda-roupas estão entre as áreas preferidas pelos cupins. Há duas alternativas de controle: uso de barreira química ao redor da estrutura ou iscas colocadas no solo. O sistema de iscas não exige desocupação dos ambientes. Estações de monitoramento são instaladas ao redor do prédio e em determinados locais, permitindo que empresa especializada controle a presença dos insetos.