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Guia para Gestores de Escolas

Dica – Iluminação

Matéria publicada na edição 15 | abril 2006 – ver na edição online 

Projeto correto diminui problemas

Uma iluminação correta é fundamental para tornar o ambiente confortável e agradável. Nas escolas não é diferente. Especialmente nas salas de aulas, é fundamental um projeto luminotécnico que trabalhe com os níveis de iluminação baseado nas normas vigentes.

O arquiteto Norberto Corrêa da Silva Moura explica que, nas salas de aula, existe uma peculiaridade em relação ao plano da tarefa: “Diversamente de outros ambientes, há uma constante variação do campo visual dos alunos: o plano horizontal da carteira e o plano vertical do quadro negro. Além disso, o professor representa um ponto de interesse dinâmico dentro da sala. Assim, praticamente todas as superfícies do ambiente são importantes na análise do conforto visual.”

Norberto complementa que a norma técnica NBR 5413 estipula as iluminâncias no plano de trabalho e no quadro negro para luz artificial, sem qualquer recomendação para luz natural. “Em relação ao aproveitamento da luz natural, os problemas que encontramos em ambientes escolares são semelhantes aos verificados atualmente no Brasil, na maioria dos edifícios. Os usuários relutam em apagar as lâmpadas, mesmo que a luz natural seja suficiente”, adverte. Ele completa que o projeto dos circuitos elétricos deveria escalonar a luz artificial de acordo com a luz natural disponível, para suprir apenas as áreas mais afastadas das aberturas, no período diurno.
Um dos problemas mais freqüentes em escolas é o ofuscamento de lousas e monitores (no caso de laboratórios de informática) causado pelas aberturas laterais (portas e janelas). “O ofuscamento pode ser contornado ou minimizado pelo lay-out do ambiente, mas esta alternativa nem sempre é possível”, aponta o arquiteto. A solução mais comum para controle da luz natural lateral é a colocação de cortinas translúcidas. Porém, destaca Norberto, por tratarem da mesma forma a luz direta do Sol e a difusa do céu, as cortinas não apresentam bom desempenho. “Para a iluminação natural do ambiente, interessa a luz difusa do céu, e a luz direta deve ser controlada ou aproveitada por reflexão”, explica.

Segundo o arquiteto, o melhor sistema de controle da luz natural é aquele colocado externamente à abertura, impedindo que os raios solares passem pelos vidros da abertura. “Considero que algumas peças padronizadas possam ser utilizadas para compor os sistemas, mas para cada abertura deve haver um projeto específico. Brises móveis ou persianas podem ser uma boa alternativa, embora impliquem em custos de implantação e manutenção”, esclarece. Ele reforça ainda a influência das aberturas laterais no conforto térmico e acústico do ambiente, justificando a necessidade de maior atenção em seu tratamento.

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