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Guia para Gestores de Escolas

Educando para o Amanhã: Preparando os Jovens para os Desafios Futuros

Por Eduardo Shinyashiki

A educação serve como um laboratório onde os alunos se preparam para viver plenamente suas vidas pessoais e profissionais. Uma avaliação recente sobre Capital Humano publicada pelo Fórum Econômico Mundial destaca que as escolas enfatizam excessivamente as habilidades cognitivas em detrimento do desenvolvimento do pensamento crítico, da resolução de problemas, da criatividade, da flexibilidade, da autonomia, da responsabilidade, da autoconfiança, das habilidades de comunicação e do reconhecimento dos próprios sentimentos e dos sentimentos alheios, do intercâmbio de ideias, da cooperação e da empatia, enfim, das competências socioemocionais.

Essa ênfase unilateral não é uma novidade. A maioria dos sistemas educacionais pelo mundo é avaliada como insuficiente na preparação dos jovens para o mercado de trabalho.

Estas competências mencionadas são as mesmas que o Fórum Econômico Mundial identifica como necessárias para obter um emprego na atualidade. Isso levanta a questão: estamos realmente preparando nossos filhos e alunos para o futuro que os espera?

A educação é a fundação para o desenvolvimento de qualquer ser humano. Hoje, o mercado de trabalho não busca apenas conhecimento técnico, mas também dá valor à competência emocional e à capacidade de se relacionar, essenciais para fazer a diferença no mundo.

Entre os elementos essenciais para a reflexão, está a empatia, uma competência socioemocional que deve ser desenvolvida adaptativamente, de acordo com a idade dos alunos.

A palavra “empatia” vem do grego “em-pathos”, que significa “sentir dentro”, e se refere à habilidade de compreender as emoções de outras pessoas, colocando-se em seu lugar.

Para fomentar maior empatia e sociabilidade, atividades como o teatro podem ser estimulantes, pois oferecem aos alunos a chance de vivenciar perspectivas diversas e entender o impacto de situações de exclusão ou discriminação.

Os estudos mostram que jovens empáticos possuem uma maior capacidade de alcançar sucesso profissional. Eles são mais orientados a objetivos, conseguem visualizar oportunidades e estabelecer parcerias, vivendo bem em comunidade.

Além disso, é vital reforçar o trabalho em equipe. Realizar tarefas escolares em grupo promove responsabilidade compartilhada, incentivando os alunos a apoiarem-se mutuamente. Esse modelo de “aprendizagem colaborativa” permite que estudantes com diferentes habilidades e desafios trabalhem juntos em projetos, aprendendo uns com os outros.

Essa cooperação ensina que o sucesso não é alcançado isoladamente, mas sim através da colaboração, levando a melhores resultados coletivamente. A motivação desenvolvida é de aprendizado e melhoria contínua, focada no coletivo em vez do individual, o que ajuda a reduzir o bullying e a fomentar um mundo mais solidário.

Quando crianças ensinam umas às outras, elas não só reforçam o entendimento do conteúdo, como também praticam a observação e a atenção ao próximo, decifrando emoções e “lendo” expressões faciais. Esse processo naturalmente promove a flexibilidade, a resiliência e a empatia, além de fortalecer a autoconfiança.

A empatia e as competências socioemocionais são essenciais para inaugurar uma nova fase na educação, mais integrada e eficaz, preparando os alunos para se tornarem cidadãos realizados, cooperativos, éticos e felizes.

Iniciar a mudança exige diálogo, implementação, experimentação, testes, inovação, ousadia e abertura para trabalhar juntos. Nós, pais e educadores, devemos estar dispostos a inovar. A união faz a força, e é possível ir além do desempenho escolar para também promover o desenvolvimento emocional das crianças, a fim de que se tornem adultos mais conscientes, seguros e, em última análise, mais realizados e felizes.

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