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Guia para Gestores de Escolas

Ensino da Computação Curricular

O ponto de partida no que se refere ao ensino de computação na educação básica é a sua conceitualização. Devido aos termos “Informática” e “Computação” serem constantemente confundidos, faz-se necessário sua diferenciação. Segundo (DALTRO, 2011) a informática (TIC) é o uso de aplicativos como, por exemplo, softwares de escritório (Word, Excel, Power Point) e computação é a ciência do desenvolvimento e implementação de softwares.

A inserção da informática no ambiente escolar, segundo (VALENTE, 1997) se alterna entre atividades tradicionais de ensino e aprendizagem com o uso do computador. Esta prática auxilia o processo de ensino-aprendizagem de  conteúdos didáticos curriculares.

Segundo a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) a computação é tão importante que “deve ser ensinada desde o ensino fundamental, assim como as ciências Física e Matemática”. O ensino de computação se restringe a cursos superiores e técnicos da área, projetos e pequenas ações são realizados por universidades na educação básica. De acordo com (FRANÇA et al. 2013) a computação “pode contribuir, de maneira interdisciplinar, na busca de soluções de problemas diversos, através da disseminação do chamado pensamento computacional”.

Segundo (DALTRO, 2011) o ensino de computação está relacionado com o conceito de pensamento computacional. Adicionalmente o autor defini o pensamento computacional como o processo cognitivo utilizado pelos seres humanos para encontrar algoritmos para resolver problemas. É uma forma de instigar a “capacidade de dedução e de resolução de problemas, exige a utilização do raciocínio lógico e matemático, durante a formação básica dos estudantes” defende (ALENCAR, 2012).

Considera-se importante ressaltar que o currículo das escolas brasileiras não contempla a ciência da computação como componente fixo. Na prática, projetos e trabalhos extracurriculares são executados para favorecerem o ensino de computação.

Em países como Estados Unidos, o modelo Model Curriculum for K–12 Computer Science (CSTA K-12) é adotado para o ensino de computação. Acredita-se que este currículo pode servir de referência e embasamento para o ensino da ciência da computação na educação básica no Brasil. O K-12 tem como objetivo preparar os alunos para compreender a natureza da ciência da computação e seu lugar no mundo moderno.

Acredita-se que possuir referências como o currículo K–12 auxilia ao processo de ensino da computação estimulando à disseminação desta ideia. A computação enquanto ciência que estimula a lógica e a matemática deve possuir seu espaço na educação básica como disciplina, já que ainda não existe no Brasil um currículo para o ensino desta ciência.

 

PREPARANDO PARA O PRESENTE E FUTURO

 

O processo de ensino e aprendizagem de conceitos da computação, como a própria lógica para programação traz várias dificuldades, desde a abstração de problemas até a resolução algorítmica dos mesmos. No entanto, nossas ferramentas apresentam grande potencial para facilitar este processo, de forma lúdica e dinâmica, como demostrado no escopo do projeto.

A utilização dessas ferramentas no âmbito escolar, propõem mais que o ensino dos conceitos de computação, através delas os alunos podem ser desafiados, os tornando mais criativos, com mais facilidade na resolução de problemas habituais, construindo assim o pensamento computacional, como defende (FRANÇA et.al 2013).

O ensino da computação na educação básica e curricular tem um grande potencial, e que pode colaborar na inserção de conhecimentos básicos de computação e abrir um novo prisma de conhecimento e valor contribuindo em muito com currículo básico nacional.

Tem-se observado uma grande discussão em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) cujo objetivo é unificar o conteúdo Curricular dentro das Instituições de Ensino Fundamental e Médio por todo o Brasil.

Tal discussão vem ocorrendo ao longo dos anos, mas em 2015 e 2016 o assunto se tornou alvo de profundas reflexões que finalmente apontam para uma adoção de uma base comum curricular no Brasil.

Este movimento se deve a uma não uniformização dos conteúdos programáticos aplicados atualmente, assim gerando uma perda de qualidade diante da dispersão programática.

Dentro desta discussão, um ponto que é praticamente consenso se refere ao ensino de lógica de programação na base comum curricular (BNCC). Atualmente, observam-se fortes movimentos da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Governos Federias, Estaduais e Municipais mais setor privado no que tange à inserção do ensino de programação desde os níveis básicos do ensino fundamental até o ensino médio em todo Brasil.

Através do uso dessas ferramentas é possível ensinar e aprender os conceitos de lógica para programação de forma mais lúdica, e, através da aprendizagem desses conceitos os alunos podem desenvolver o seu pensamento computacional. Favorecendo a preparação dos alunos para a sociedade da informação em que vivem atualmente.

Considera-se importante também o fator de interesse que pode ser despertado pelos alunos ao considerar as três  áreas do conhecimento: humanas, biológicas e exatas em conjunto com o pensamento computacional referente a cada área acadêmica.

 

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