“Geração dos rótulos” – como lidar com a banalização das relações
Colunas e Opiniões
“Ela chorava durante o intervalo na escola, pois não entendia em qual momento foi dada liberdade suficiente para que a apelidassem de “nariguda e baixinha”. Assim acontece com a geração de hoje. Os rótulos são lançados como flechas em alvos já determinados, sem impedimentos ou arrependimentos.Basta não atender aos estereótipos físicos e sociais determinados pela sociedade que, instantaneamente, as peculiaridades de cada um ganham marcas.É constatado que a intensidade desses “rótulos” resultam em conseqüências nas relações interpessoais, ocasionando prejuízos emocionais e distanciamentos.Ora é possível que esbarremos com adolescentes que rotulam ou com aqueles que são rotulados. Como lidar e orientar para que as diferenças sejam respeitadas e mantidas?Essa tarefa não tem receita pronta mas exige de cada um de nós, sejamos pais, avós, profissionais ou mesmo protagonistas dessa história, um exercício de cidadania em que se faz necessário um envolvimento efetivo deixando de sermos omissos ou mesmo apaziguadores. É de urgência impedir com doçura e firmeza que tais julgamentos verbais aconteçam. É preciso que essas ações sejam extintas prevalecendo apenas uma relação cordial e afetiva.A insistência em orientar essa geração que rotula desprendidamente, garante a seu tempo uma transformação coletiva trazendo posturas menos preconceituosas e mais humanas.Os êxitos de nossas intervenções só acontecerão quando essa geração perceber que as diferenças sempre estarão à vista, nas relações mais diversas, mas, sobretudo, o crucial é que reconheçam que essas mesmas ou outras diferenças estão mais próximas do que imaginam, pois estarão dentro deles entendendo que todos são únicos e carregados de diferenças.Fica um convite a todos vocês leitores que colaborem para que essa geração abandone o hábito de “rotular” e exercite o hábito de “encantar”. As relações são constituídas de um único ingrediente: RESPEITO!
Amanda Castanheira é graduada em Pedagogia e pós graduada em Psicopedagogia com especialização em EAD. Escritora de livros infantis e consultora pedagógica em veículos de comunicação.