Robótica: Aprendizado dinâmico
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No processo educacional atual, percebemos a emergência de metodologias e ferramentas multidisciplinares que englobam novas/outras relações com o aprendizado em sala de aula. Assim, seguindo uma tendência mundial – principalmente por conta do advento tecnológico – a robótica educacional adentra cada vez mais nas salas de aula propondo interessantes entrosamentos com o conhecimento, bem como o desenvolvimento do raciocínio lógico, resolução de problemas, trabalho em equipe, além de incentivar a criatividade.
FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Para Ariel Levi, desenvolvedor na área de educação, o ensino de robótica é benéfico justamente pela forma prática como conceitos e teorias multidisciplinares de matemática, física, eletrônica, etc. são trabalhadas. “É uma maneira excelente de contextualizar problemas e situações relevantes do mundo real no ambiente escolar e promover o trabalho em equipe. Em linhas gerais, as aulas de robótica são um momento de dinâmica mão na massa voltado ao desenvolvimento e criação de projetos”, diz.
As aulas dinâmicas podem ser ministradas semanalmente – seja na grade curricular ou no contraturno – e todos os estudantes podem ser envolvidos, desde o final da educação infantil. A partir dos quatro anos, conta Levi, é possível desenvolver conceitos de montagem mecânica; a partir dos seis anos já existem conexões eletrônicas e a inserção de programação; já a partir dos nove anos as interações com outros dispositivos são acionadas, e assim seguem até o final do ciclo escolar. Os projetos e a exploração dos conceitos são trabalhados de modo gradual com o avançar da idade/etapa de ensino de cada estudante.
LABORATÓRIO DE ROBÓTICA
Para inserir de forma prática a robótica no cotidiano escolar, é preciso se atentar para algumas informações. O investimento em material para ensino de robótica, explica Levi, é similar a aquisição de um laboratório de química ou uma biblioteca, ou seja, “a escola adquire kits e administra o seu uso para as turmas dos alunos. Esse valor pode ser absorvido pela escola ou repassado na mensalidade”.
De acordo com o especialista, outras dicas podem ser seguidas por gestores e gestoras que pretendem criar laboratórios específicos de robótica nas escolas, como: observar se há quantidade de kits e materiais suficientes que contemple todos os estudantes da turma, para que nenhum aluno fique ocioso; o ideal é ter pelo menos um computador na sala e, se possível, um computador para cada grupo de cinco alunos. “A relação ideal são equipes de até cinco alunos dedicadas à montagem de um projeto. Um ponto importante para a otimização da experiência é contemplar simultaneamente entre 15 e 20 alunos no máximo na sala, para que o professor possa circular entre as bancadas e que haja colaboração da turma”, finaliza. (RP)
Saiba mais:
Ariel Levi – [email protected]