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Guia para Gestores de Escolas

Uso de Repelentes Infantis

Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio

Estamos em contagem regressiva para as férias escolares das crianças e para o início de viagens e passeios emocionantes – ao ar livre ou não, no campo ou na praia. Em todas as situações, é comum nos depararmos com mosquitos e insetos variados, pois com o calor e a umidade presentes nas estações mais quentes do ano (primavera e verão), a reprodução e proliferação desses bichinhos acontece em grande escala, o que preocupa muito os pais e, até nós, os médicos pelos motivos óbvios: infecções, transmissão de doenças e alergias. Antes de falar dos principais insetos que aterrorizam os pais, vale lembrar que no ranking deles constam também as formigas, baratas, abelhas, moscas, cupins, pulgas e mosquitos (várias espécies) que também requerem atenção.

Agora você deve estar se perguntando, como posso evitar o contato com tantos bichinhos?! A resposta é simples: prevenção! Isso mesmo, como diz o ditado popular “prevenir para não remediar”. É bom manter os ambientes limpos, arejados, evitar brinquedos espalhados, sujos e ou empilhados (sem uso) em um canto qualquer para evitar criadouro e esconderijo de insetos. Se possível, coloque telas nas janelas e nas portas, mantenha os ralos e privadas tampados, assim como evite o acúmulo de água no box, pia do banheiro, cozinha, tanque e em recipientes espalhados no quintal (garrafas, tampinhas, brinquedos, etc.). Outro cuidado importante para minimizar os riscos é usar produtos específicos que ajudem a manter as pragas longe das crianças. Um deles é o repelente de uso tópico, aplicado diretamente na pele (pomada, gel ou spray), porém, não pode ser qualquer um. Vejam as minhas dicas abaixo para não se perderem na hora de escolher os melhores repelentes que, de fato, são apropriados para cada faixa etária e, também, que funcionem conforme indicam em seus rótulos.

1ª dica importante:

Antes de sair comprando o produto da moda ou àquele que a sua amiga, tia ou vizinha usou e achou que funcionou, leve em consideração que cada criança é única e pode apresentar reações alérgicas de algum componente da fórmula. O ideal é falar com o pediatra (em consulta presencial) para que você receba orientações sobre os diferentes princípios ativos e dicas de como aplicar. Lembre-se, o pediatra, assim como você, conhece o histórico da criança e pode ajudar a identificar o que é melhor para evitar problemas futuros. Não é legal viajar ou passear e depois ver o filho (a) sofrer com picadas de insetos e ou alergias que poderiam ter sido prevenidas com o uso correto de repelentes, né.

Como usar:

Muitos pediatras indicam o uso de produtos repelentes em crianças a partir dos seis meses de idade, especialmente porque a pele da criança ainda é muito sensível e pode (facilmente) ter reações alérgicas e tóxicas. Sempre converse com o seu médico e exponha os seus planos de viagem e passeio, comente sobre a região e possíveis riscos de surtos de doenças provocadas por insetos como, por exemplo, o zika vírus e a dengue, comum no verão, e acate o que ele lhe disser.

Como escolher: 

No mercado existem inúmeras marcas e produtos que garantem eficiência e segurança para evitar picadas e alergias, mas nem sempre funcionam igual para todas as pessoas. Certifique-se que o produto pode ser usado em determinadas faixas etárias e tipos de pele, pois há diferenças entre os princípios ativos comuns indicados. O “IR 3535” é aconselhado pelo pediatra a partir dos 6 meses, já o Icaridina e DEET é recomendado em crianças de 2 a 12 anos. Não existem estudos comprovados sobre o uso de sustâncias naturais, assim como o período de ação proposto por elas, que geralmente é inferior.

Principais insetos vetores de doenças: 

Mosquitos – existem muitas espécies espalhadas pelo Brasil, entre algumas muriçocas, borrachudos e pernilongos. Além da coceira insuportável (principalmente nas crianças), podem provocar doenças gravas como leishmaniose, malária, filariose (elefantíase), difteria, febre paratifoide e himenolepíase.

Mosquito Aedes Aegypti – transmite dengue, zika vírus, febre amarela e chikungunya e somente a fêmea pica e ela precisa do sangue para que os seus ovos possam se desenvolver e as larvas crescerem até tornarem-se mosquitos. Saiba mais sobre a vacina contra a dengue: http://pediatraonlinedicasdepediatraemae.blogspot.com.br/2016/09/vacina-contra-dengue.html

Moscas – se alimentam de matéria orgânica como, por exemplo, comida (evite deixar panelas, pratos e alimentos expostos) e lixo (mantenha latas, sacos plásticos e recipientes que armazenam restos de alimentos bem fechados e limpos a descarte).  Entre as doenças, transmite disenteria, cólera, amebíase, poliomielite, giardíase, tuberculose, febre tifoide e paratifoide.

Formigas  são várias espécies que convivem com os seres humanos e podem transmitir bactérias, protozoários, fungos e vírus. Também, são responsáveis por doenças patogênicas (que causam a infecção hospitalar), amebíase e giardíase.

Baratas (alemã – Blattella germânica, e a de esgoto – Periplaneta americana)  são comuns nos perímetros urbanos e carregam doenças como hepatite A (por meio de contato em objetos, alimentos e água), febre tifoide que é causada pela Salmonellatyph (transmitida também por meio de alimentos e água contaminada, além de um beijo do bichinho), tuberculose, conjuntivites, infecções urinárias, lepra e pneumonia, por isso é sempre bom ficar atento em proteger os alimentos.

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Sobre Dra. Priscila Zanotti Stagliorio

É médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes e mamães com recém-nascidos, com o objetivo de ajudá-las na mais importante missão de suas vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre os cursos escreva para:  [email protected] / [email protected] / [email protected] – coloque no assunto a informação que deseja saber e ou solicitar. O consultório está localizado na Av. Leôncio de Magalhães, 395, Santana- SP / 11- 2977-8697.

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