Dica — Laboratório de Línguas
Matéria publicada na edição 42 | Outubro 2008 – ver na edição online
Mais um ambiente para o ensino de idiomas
Mal aprendem a falar, muitos alunos já começam a ter aulas de idiomas na maioria das escolas. A prática segue até o Ensino Médio com aulas de inglês, espanhol, francês, entre outras, dependendo das raízes culturais seguidas pelo colégio. As aulas podem ser realizadas em salas convencionais ou em laboratórios de idiomas. No Colégio Oshiman, localizado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, há quatro anos os alunos utilizam uma sala específica para se dedicar às atividades de língua estrangeira. “É um local que favorece a concentração e os alunos gostam da mudança de ambiente. Além disso, o professor consegue ouvir individualmente e isso ajuda no aprendizado”, acredita Érica Shibata, professora de japonês do Oshiman.
No colégio, a sala só pode ser utilizada com a presença de um professor, que sempre agenda um horário para a turma. A sala é equipada com 25 cabines para os alunos e uma central para o professor, cada uma com um painel, fone e microfone acoplado. “Os alunos regulam o volume dos fones e podem gravar 30 segundos de voz. É interessante para o professor porque se o estudante está lendo um texto, nós temos acesso à cabine, sem ele saber. Com isso, podemos prestar mais atenção na dicção, no vocabulário. A comunicação estabelece-se entre estudante e professor”, conta Érica, lembrando que somente os alunos acima de 10 anos utilizam o laboratório porque já sabem manusear o equipamento.
Já o Colégio Saint Exupèry, localizado no bairro paulistano do Morumbi, conta com laboratório de idiomas há seis anos. De acordo com a coordenadora pedagógica da escola, Lisabeth de Alemar, a sala de línguas – que, no momento, está em obras – é um item que valoriza o ensino do colégio. “Os pais gostam muito. É um produto que agrega valor. Além disso, proporciona uma maior diversidade das atividades dos alunos”, diz. Mas, na escola, segundo a coordenadora, o objetivo das aulas de inglês é diferenciado: “Aqui, priorizamos a leitura e a interpretação de textos. Por isso, também utilizamos a sala de aula convencional.” Lisabeth ainda explica que a partir da sexta série, os alunos também têm aulas de espanhol, mas desde os quatro anos começam no inglês. “Eles assistem às aulas na sala de línguas até o nono ano. Depois, já no Ensino Médio, o foco do inglês é o vestibular”, ressalta.
São poucos os problemas que podem ocorrer em um laboratório de idiomas. “Os fones podem quebrar ou estar com mau contato. Somente uma vez precisamos chamar o técnico para verificar o equipamento. Isso também porque sempre pedimos para que os alunos sejam cuidadosos”, ressalta Érica, do Oshiman. No Saint Exupèry não há uma empresa específica responsável pelo laboratório. “Temos uma assessoria que trabalha para toda a escola, a quem recorremos em casos de problemas na elétrica e eletrônica. Ela cuida da manutenção e de qualquer problema nos equipamentos”, conclui Lisabeth.