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Guia para Gestores de Escolas

Dicas — Primeiros Socorros

Matéria publicada na edição 58 | Maio 2010 – ver na edição online

O “kit básico” de um bom programa na área.

Por Rosali Figueiredo.

Prevenção, equipamentos e treinamento compõem o tripé de uma política adequada de primeiros socorros a ser adotada pelas escolas, conforme recomenda Marcos José de Campos Verde, policial militar, instrutor de Resgate e Emergências Médicas da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar de São Paulo, pós-graduado em Fisiologia do Exercício e mestre em Ciências pela UNIFESP. Professor universitário, Marcos realiza ainda palestras e cursos de treinamento para a rede de ensino, mostrando que é indispensável ter preparo para saber quais os procedimentos adotar em cada tipo de acidente ou incidente envolvendo os colaboradores e os estudantes.

As mantenedoras precisam, conforme a NR 7, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, relativa ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, estar equipadas “com material necessário para a prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida”. A regulamentação vale para toda empresa e diz também que é preciso guardá-lo em local adequado, “aos cuidados de pessoas treinadas”. Claro que o ideal seria evitar as ocorrências, observa Marcos, sugerindo que se criem medidas preventivas de segurança predial, desenhando-se mapas de risco, com as áreas a terem acesso limitado, por exemplo.

Mas os problemas acontecem e exigem, em primeiro lugar, treinar os funcionários para que conheçam os serviços médicos de emergência (públicos e privados) disponíveis na região em que a escola está localizada, “para saber qual a melhor forma de acionar o socorro”. “Pode ser o SAMU (municipal), o Resgate (estadual) ou o serviço particular”, diz. Outro treinamento visa à avaliação da vítima, ao ensinar “a analisar o seu estado e a priorizar o atendimento, identificando o tipo de lesão ou os casos mais graves” (quando há mais de um acidentado). Depois, apresentam-se manobras ou cuidados a serem adotados em situações de hemorragia e ferimentos, fraturas (braços, pernas) e grandes traumas (crânio, costela, cintura pélvica e coluna vertebral), queimaduras, emergências clínicas ou cardiorrespiratórias e choque elétrico simples.

No caso de fraturas ou traumas, o ponto essencial é conseguir identificá-los, para que não haja manobras inadequadas ou a remoção da vítima, de forma a evitar o agravamento da lesão. Neste caso, recomenda Marcos, é fundamental aguardar a chegada do serviço médico de emergência. Já para queimaduras e emergências clínicas, a própria mantenedora pode e deve encaminhar a vítima para o atendimento especializado.

Segundo a enfermeira Vanessa Grandin, professora de um curso técnico na área e pós-graduada em urgência e emergência, a montagem de um kit básico de primeiros socorros inclui “rolos de atadura de crepom; caixa de curativo autoadesivo; pacotes de gaze esterilizada; tesoura pequena; pacote de algodão; pares de luvas cirúrgicas; rolo de esparadrapo grande; soro fisiológico a 0,9%; e medicamento antitérmico, porém administrado apenas com autorização médica e do responsável pelo aluno”. Nem todos concordam, entretanto, com o último item, caso do especialista Marcos Verde.

Na Escola Móbile, localizada em Moema, zona Sul de São Paulo, uma enfermeira graduada em nível superior atua em período integral no atendimento aos alunos (da Educação Infantil ao Ensino Médio), afirma o vice-diretor geral, Daniel Bresser. A mantenedora oferece também treinamento aos funcionários, incluindo o pessoal da limpeza e do setor administrativo.

Saiba Mais:

Major Marcos José de Campos Verde
[email protected]

Vanessa Grandin
[email protected]

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